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Comissão Especial debate acesso asfáltico para 11 municípios da Amau

A Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico, presidida pelo deputado Gilmar Sossella (PDT) na Assembleia Legislativa, realizou nesta sexta-feira (10) em Ponte Preta uma audiência pública com a participação da comunidade e de lideranças.

O encontro ocorreu na Câmara de Vereadores e debateu a pavimentação asfáltica para Barra do Rio Azul, Benjamin Constant do Sul, Carlos Gomes, Centenário, Cruzaltense, Entre Rios do Sul, Faxinalzinho, Itatiba do Sul, Mariano Moro, Ponte Preta e Quatro Irmãos, que pertencem à Associação de Municípios do Alto Uruguai (Amau).

O deputado Sossella ressaltou que a Amau é a região que mais conta com municípios sem pavimentação no Estado: 11. “Temos recursos remanescentes do empréstimo que buscamos em 2011 na sede do BNDES no Rio de Janeiro. O Daer e secretário do Transportes, Pedro Westphalen, nos disseram que 31 obras serão feitas com esse dinheiro. No entanto, precisamos no mínimo colocar cinco, seis obras da Amau nesse conjunto, para equilibrar, tendo em vista a grande disparidade que temos em relação a outras regiões”, informou.

Em Ponte Preta, o trecho a ser asfaltado é de 12 quilômetros. Oito deles já receberam a primeira camada asfáltica, mas há cerca de dois anos tudo está parado após duas construtoras abandonarem a obra. “É importante nós estarmos unidos porque é uma batalha bastante árdua e não é de hoje. É duro para nós falar de asfalto no município, mas não abaixamos a cabeça”, prefeito Ademir Sakrezenski (PMDB).

O presidente da Amau e prefeito de Aratiba, Luiz Ângelo Poletto (PTB), ressaltou que Ponte Preta e Mariano Moro, por exemplo, são municípios sem asfalto com trechos que contam com pendências mais “fáceis de serem concluídas”. “Temos de começar a priorizar alguma coisa para sair do papel. Nossa região vem sofrendo há muito tempo. Está na hora de dar prioridade para a nossa região”, defendeu.

“Pior de tudo isso é que nossos filhos vão para a cidade estudar e não voltam mais. E para nós o importante é ter esse acesso para manter o povo no campo. É de fundamental importância para o desenvolvimento do interior”, salientou o prefeito de Faxinaldinho, Selso Pelin (PPS).

O relator da Comissão Especial, deputado estadual Vilmar Zanchin (PMDB), ressaltou a crise financeira por qual passa o Estado, que dificulta a questão da infraestrutura. Mesmo assim, disse que é preciso manter a mobilização pela causa. “Estes 11 municípios da região do Alto Uruguai que estão reivindicando de forma legítima o acesso asfáltico nada mais querem do que levar para a sua comunidade mais progresso, mais desenvolvimento, mais qualidade de vida, mais dignidade para as pessoas que moram nestes municípios”, destacou o relator da Comissão Especial, Vilmar Zanchin (PMDB).

A prefeita de Itatiba do Sul, Adriana Kátia Tozzo (PT) sugeriu que, além da audiência pública, a Comissão Especial promova espaços de debates para que se entenda a situação de cada obra. “Essa audiência nos traz motivação porque como líderes não podemos perder o sonho, mas também nos traz indignação pela luta dos vários anos. A nossa região merece ter priorização na questão asfáltica”, considerou.

SITUAÇÃO DAS OBRAS – O engenheiro Elmo Bortolotto, do Daer Erechim, informou que o acesso asfáltico na região conta com projetos e contratos antigos, defasados, que precisam de ajustes para fazer a execução. Ele citou que três obras terão andamento: Carlos Gomes, Ponte Preta e Mariano Mouro.

O trecho de Carlos Gomes já foi licitado e estão assinando o contrato com a empresa vencedora. A previsão de conclusão é de 12 meses. Quanto à Ponte Preta, Bortolotto disse que houve problema na licitação, nenhuma empresa manifestou interesse, e a concorrência vai ser feita novamente. Já Mariano Mouro está sendo refeito o projeto e em 15 dias deve estar pronto e será encaminhado para licitação.

“Como prioridade são essas obras. Ao todo, são necessários em torno de R$ 100 milhões para fazer o acesso dos 11 municípios, mas no momento não há recursos para todos”, concluiu.

Também estiveram na audiência os deputados estaduais integrantes da Comissão, Altemir Tortelli (PT) e Gilberto Capoani (PMDB); de Ponte Preta, vice-prefeito Eurelice Betiato (PT), presidente da Câmara de Vereadores, Claudir Maximino Tomazelli (PT); de Centenário, prefeito e vice, Wilson Carlos Lukaszewski (PP) e Edgar Serafini (PP); de Faxinalzinho, vice-prefeito James Ayres Torres (PDT); de Itatiba do Sul, vice-prefeito Valdemar Cibulski (PT); de Mariana Moro, prefeito Adelar Battisti (PTB); de Quatro Irmãos, prefeito e vice, Adilson de Valle (PP) e José Carlos Balbinot (PT); de Barão do Cotegipe, Fernando Paulo Balbinot (PT); representante da Casa Civil e do RS Mais Igual, Alessandro Dalzotto; representante do deputado Sérgio Turra (PP), Pedro Polese; representante do deputado Juliano Roso (PCdoB), Daniel Pokojeski; representante do deputado Marco Maia, Cláudio Henrique Giacomini; da Emater, Frederico Modri Neto; demais lideranças, autoridades e participantes.

LUTA CONSTANTE – Há pelo menos cinco legislaturas a Assembleia Legislativa tem analisado o tema em Comissões Especiais. Em 2007, eram 124 municípios sem asfalto, número reduzido para 104 em 2010. O governo anterior, impulsionado pelo acréscimo de R$ 100 milhões conquistado pela Comissão Especial dos Municípios sem Asfalto junto ao empréstimo do BNDES em 2011, acelerou a conclusão de vários trechos.

Atualmente, são 76 municípios gaúchos que ainda batalham pela pavimentação asfáltica. A primeira audiência pública deste ano da Comissão ocorreu em Amaral Ferrador, seguida por Sede Nova, Pirapó e Montauri. Os encontros também acontecerão em Dois Irmãos das Missões, Santo Expedito do Sul e Pinhal Grande.

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