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Diferença de R$ 10 milhões para homologar venda dos frigoríficos da Cotrel

A Fazenda Nacional rejeitou a segunda proposta da Aurora Alimentos para compra dos frigoríficos da Cotrel. O parecer contrário foi protocolado na sexta-feira (17) e transferiu para o juiz federal Joel Luis Borsuk a decisão sobre o futuro do complexo industrial localizado em Erechim. Os procuradores da União insistem no valor mínimo de 50% sobre a avaliação inicial das unidades que empregam mais de 2,6 mil trabalhadores.

A venda dos frigoríficos da Cotrel está atrelada ao processo de penhora movido pela receita Federal, que cobra aproximadamente R$ 28 milhões em tributos não recolhidos pela Cotrel ao longo de anos. Dois leilões foram realizados e nas duas ocasiões ninguém formalizou oferta. O preço inicial era de R$ 247 milhões. O preço mínimo caiu para R$ 123,5 milhões no segundo leilão. A venda direta foi autorizada pela Justiça Federal. A Aurora Alimentos, que já opera os frigoríficos, ofertou R$ 98 milhões, sendo que na última proposta ofereceu R$ 30 milhões à vista, R$ 30 milhões em seis parcelas mensais e o restante em 60 meses.

Diante do impasse provocado pela recusa e preocupados com a situação de intranquilidade sobre o futuro do agronegócio no Alto Uruguai, prefeitos da Associação de Municípios do Alto Uruguai (Amau) mantiveram audiência com o juiz responsável pelo processo. O encontro ocorreu nesta terça-feira (21) na sede da Justiça Federal em Erechim. Liderados pelo presidente e prefeito de Jacutinga, Beto Bordin (PP), e pelo prefeito de Erechim, Luiz Francisco Schmidt (PSDB), os integrantes da comissão expuseram o cenário de tensão ao juiz Joel Luis Borsuk.

O magistrado, auxiliado pelo diretor de secretaria da 1ª Vara Federal, Ribamar Webber de Oliveira, disse entender perfeitamente a preocupação dos prefeitos e da região, mas classificou como impossível de aceitar a proposta oficializada pela empresa interessada. Borsuk lembrou que imediatamente houve uma melhora na oferta por parte da Aurora e salientou que a diferença é de aproximadamente R$ 10 milhões. O juiz acrescentou que espera uma manifestação da parte interessada nos próximos dias.

“É possível que aconteça uma nova proposta, que dentro dos limites legais, poderá ser confirmada como positiva. Fora disso é aguardar”, resumiu.

Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Erechim, Joel Luis Borsuk disse que é conhecedor da realidade da região e espera por um final que contemple o interesse de todos. Na avaliação dele, a solução está mais na esfera de atuação dos prefeitos e a relação com a parceria Aurora/Cotrel, do que na decisão que venha ser tomada pela Justiça Federal, que apenas cumpre papel de seguir o rito da lei.

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