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Estudo diz que cortar o cigarro diminui risco de catarata

O argumento de muitos fumantes de longa data para não combater o vício é achar que “o cigarro já fez os estragos que tinha de fazer e pronto”. Mas isso não é verdade e muito menos trata-se de um bom argumento para continuar fumando. Estudo realizado na Suécia, no Orebro University Hospital, revela que ex-fumantes conseguem reduzir os riscos de ter catarata. A doença, que vai deixando o cristalino todo esbranquiçado e impedindo a pessoa de enxergar, é a principal causa de cegueira reversível.

Os pesquisadores descobriram que homens de meia-idade que fumam pelo menos 15 cigarros por dia podem baixar o risco de catarata durante um período de 20 anos assim que pararem de fumar – o que é uma boa notícia.  O estudo envolveu um grupo de homens entre 45 e 79 anos e mais de 5.700 casos de remoção de catarata ao longo de 12 anos. Outro destaque se refere ao fato de que um fumante tem 42% mais chances de ter catarata quando atingir a terceira idade do que um não-fumante.

Doença silenciosa, a catarata vai deixando a lente do cristalino opaca até que a pessoa perde totalmente sua visão e independência. De acordo com Renato Neves, cirurgião-oftalmologista e presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP), os sintomas comuns são: diminuição gradual e progressiva da visão; enxergar os objetos em tons amarelados, borrados ou distorcidos; dificuldade de se locomover à noite ou em local com baixa luminosidade; sentir-se ofuscado na claridade; perceber halos ao redor de objetos luminosos; e perder o interesse por atividades rotineiras (ler, escrever, costurar, fazer a barba…) por não desfrutar de clara visão do que está fazendo.

“Existem vários tipos de catarata. Quando a gestante contrai rubéola no início da gravidez, por exemplo, há um risco de a criança já nascer com catarata congênita. A doença também pode ser hereditária ou ser consequência de traumas oculares, ingestão de determinados medicamentos (como alguns corticoides), alterações no metabolismo (como diabetes, colesterol alto, glaucoma, doenças hepáticas etc.) ou inflamações. Mas o tipo mais comum é a catarata senil. Com a expectativa de vida aumentando, a partir dos 65 anos é muito comum a pessoa já ir notando certa opacidade do cristalino – que pode ou não levar a uma redução significativa da visão. Por isso, o ideal é agendar um exame da visão a cada dois anos quando se tem entre 40 e 65 anos. Depois disso, os exames devem ser anuais”, diz Neves.

O especialista afirma que, hoje em dia, a cirurgia de catarata é um dos procedimentos mais avançados e seguros para o paciente. Na grande maioria das vezes, não necessita de internação e a pessoa recupera totalmente a visão – principalmente quando, após a remoção da catarata, é realizado um implante de lentes intraoculares (LIOs). No pós-operatório é comum utilizar colírios antibióticos e anti-inflamatórios por um mês, mas a volta às atividades é bem mais rápida – devendo-se evitar dirigir durante uma semana apenas, por questões de segurança. Dessa forma, o paciente não somente recupera a visão, como passa a enxergar como se voltasse à juventude. Trata-se de uma evolução que tem “devolvido a vida” a muitos que reconquistaram a autoconfiança para se locomover, trabalhar, se cuidar, se relacionar e se divertir.

Outra novidade nesse campo é a utilização do laser de femtossegundo, que simplifica a retirada da catarata e permite um perfeito posicionamento da lente intraocular. “As primeiras experiências com esse tipo de laser começaram em 1992 e vêm se desenvolvendo rapidamente desde então. A Oftalmologia, inclusive, foi a primeira especialidade da Medicina a empregar o laser com fins terapêuticos. Enquanto na cirurgia tradicional a incisão na córnea é feita manualmente, com o auxílio de um equipamento de ultrassom que fraciona e aspira a catarata, nessa nova cirurgia as estruturas dos olhos são analisadas por um tomógrafo de coerência óptica tridimensional e as incisões e a fragmentação da catarata são realizadas com o uso do laser, garantindo uma recuperação mais rápida para os pacientes”, diz Neves.

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