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Leilão dos frigoríficos da Cotrel teve lance, discussões e retirada de proposta

Foi em clima tenso que aconteceu o segundo leilão judicial dos frigoríficos da Cotrel, ocorrido na tarde desta sexta-feira, 09 de setembro. A segunda praça, com redução de 50% no valor dos lotes oferecidos, iniciou às 15h e reuniu nas dependências da Oro Leilões, dezenas de empresários, advogados, diretoria da Cotrel, representantes da Aurora, do município, Sindicato da Alimentação, funcionários, parentes dos funcionários dos frigoríficos e o representante de um misterioso grupo de investidores, que apresentou um lance, foi contestado e preferiu não se identificar.

Após a leitura do edital pelos leiloeiros, Erni Carlos Oro e Francisco Hillesheim, foi dito que existe nos frigoríficos um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Cotrel e Ministério Público em 2009/2010, momento em que o prefeito de Erechim, Paulo Alfredo Polis, pediu para que os leiloeiros explicassem a que se referia o TAC, sendo que Oro informou ter sido orientado a avisar sobre a existência do mesmo, mas não seu conteúdo.

“Quem for comprar, pelo valor e importância estratégica que tem (os frigoríficos), no mínimo deve saber do que se trata isso”, questionou o prefeito.

O presidente da Cotrel, Luiz Paraboni Filho, contou tratar-se de um ajustamento ligado a questões ambientais, no valor de R$ 40 milhões, quantia além dos R$ 123.593.750,00 estipulados no edital, que precisará ser investida nas estruturas.

Neste momento o representante dos investidores se pronunciou, informando que o grupo que representava estava ciente das questões que envolviam o TAC, do valor e que, caso fossem os compradores, honrariam o termo.

Após encerrada a discussão foi aberto o momento para lances, inclusive por via online, já que o mesmo estava sendo transmitido para todo Brasil. Quando se imaginava que mais uma vez o leilão terminaria sem interessados, o investidor apresentou sua oferta “entrada de 25% do valor total e mais 60 parcelas”.

Antes mesmo que os leiloeiros pudessem se manifestar, o prefeito Polis, diretores da Cotrel e advogados, questionaram o lance, já que o edital estipulava 25% do valor total como entrada e 30 parcelas mensais. Houve nova e prolongada discussão, até que o investidor aceitou retirar o lance e apresentar nova investida nos próximos 60 dias, período em que a Justiça autorizou tentativas de venda direta.

A reportagem tentou conversar com o investidor que apresentou a proposta, mas ele preferiu não se identificar e nem falar sobre o grupo que representa. “Faz parte do jogo, poderia prejudicar as negociações para o meu grupo”, disse.

Prefeito decretaria frigoríficos como de Utilidade Pública

O prefeito de Erechim, Paulo Polis, compareceu ao leilão disposto a garantir que os imóveis não seriam vendidos, o que poderia colocar em risco os empregos diretos gerados no município. Após o encerramento, contou que levou com ele a documentação necessária para que os dois estabelecimentos fossem considerados como de Utilidade Pública, o que impediria a compra ou venda dos mesmos. “Estamos falando de 2.800 empregos diretos, 15% da economia da região, não brinquem com nós”, declarou Polis.

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