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Qualificação da cadeia produtiva da erva-mate motiva celebração do Dia do Chimarrão

O chimarrão é uma tradição de muitos anos e, a partir da Lei Estadual 11.929/2003, foi reconhecido oficialmente como a Bebida Símbolo do Rio Grande do Sul, passando o Dia a ser celebrado em 24 de abril, juntamente com o Dia do Churrasco. Também conhecido como mate, o chimarrão é uma bebida característica da cultura do Sul da América do Sul, legado pelos povos indígenas Kaingang, Guarani, Aimará e Quíchua, e composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água a aproximados 80ºC.

Ao “tomar um mate”, como se diz no Sul do Brasil, utiliza-se a erva-mate “Ilex paraguariensis”, árvore nativa com mais de 190 propriedades medicinais e nutritivas catalogadas.

Por ser um produto agrícola muito difundido em várias regiões do Estado e incentivado pelo tradicional consumo, a Emater/RS-Ascar atua em toda a cadeia produtiva, desde o assessoramento ao produtor até a certificação. Através da Gerência de Classificação e Certificação, a Instituição certifica o processo de produção da erva-mate. “Monitoramos todas as etapas das análises físico-químico-biológicas para o controle de qualidade do produto, atendendo os padrões exigidos pela legislação vigente”, explica o coordenador do Núcleo de Certificação, Deniandro de Almeida.

Atualmente, a Emater/RS-Ascar certifica a erva-mate de seis ervateiras gaúchas, localizadas em Ilópolis e Arvorezinha (Natumate, Sabadin, Ximango, Nutrimate, Valério e De Valérios), e outras três estão em processo para a certificação. De acordo com Deniandro, a Emater/RS-Ascar certifica em torno de 360 toneladas mensais de erva-mate, produzidas por cerca de 3 mil agricultores gaúchos.

Incentivo à cadeia produtiva
Ao celebrar o Dia do Chimarrão, também é importante destacar o lançamento recente do Programa Gaúcho de Qualificação e Valorização da Erva-Mate, que objetiva qualificar e valorizar este produto típico de nosso Estado, organizando toda a cadeia produtiva, envolvendo produtores, viveiristas, indústrias, tarefeiros e entidade de ensino e pesquisa, com a finalidade de melhorar a sanidade e os processos produtivos da erva-mate, aumentar a produtividade e a renda das famílias, e promover o melhoramento genético dos ervais.

Através desse programa, técnicos da Emater/RS-Ascar serão capacitados em boas práticas de produção e técnicos e fiscais municipais de saúde, em boas práticas de fabricação. Também está prevista a capacitação de 1,5 mil beneficiários, entre agricultores, tarefeiros e viveiristas, em boas práticas de produção, e a implantação e o monitoramento de 30 Unidades de Referência Técnico-Social. Cabe à Emater/RS-Ascar oferecer Assistência Técnica para indústrias ervateiras e capacitar 180 trabalhadores das indústrias em boas práticas de fabricação, além de técnicos em associativismo e cooperativismo.

No Programa está prevista a prestação de serviços de Certificação da Qualidade do Processo de produção de Erva-Mate para 22 indústrias com vistas à certificação de produto, e capacitar técnicos e agricultores para resgatar, multiplicar e distribuir material genético de ervais nativos remanescentes dos cinco polos ervateiros (Planalto/Missões, Alto Uruguai, Nordeste, Alto Taquari e Vale do Taquari). Também será implantado um banco de germoplasma para conservação e multiplicação de material genético desses ervais.

Com duração de cinco anos, o programa se estenderá até 2021, podendo ser mantido como uma política pública permanente para o Estado, que tem cinco polos ervateiros.

Cultivada por cerca de 8.400 produtores em 219 municípios gaúchos, que somam 30.896,50 hectares, a erva-mate é encontrada em diferentes graus de prioridade nessas propriedades, desde mateicultores até produtores que têm esta como uma atividade sem grande representatividade na composição da sua renda agrícola. No Estado, a erva-mate é produzida a partir de sistemas extrativistas em florestas nativas, em sistemas agroflorestais e até mesmo a pleno sol.

Para o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, “esse programa é lançado em boa hora, num momento em que precisamos valorizar o que é nosso, o que é típico e cultural, pois assim podemos projetar um Estado cada dia mais qualificado, especialmente no campo”.

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