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quarta-feira, 27/novembro
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O que fazer quando percebe que está tendo um ataque de pânico?

É muito importante não tentar lutar contra o pânico, pois este não é um mecanismo consciente, ele é decorrente de mecanismos automáticos cerebrais localizados em regiões automáticas ou não conscientes. Faz parte de um complexo sistema de defesa do organismo.

Mas a pessoa pode tomar algumas ações:
– Recorrer a técnicas de relaxamento como meditação ou preces, por exemplo;
– Usar qualquer técnica de distração como uma conversa suave, música suave, palavras que acalmem, massagem em regiões do corpo que produzem relaxamento;
– Controlar da respiração.

O controle da respiração, principalmente, é muito importante: inspirar lentamente e expirar lentamente, sem pressa. Em seguida, é recomendado o relaxamento de grupos musculares mais tensos (ir relaxando a face, a nuca e pescoço, os ombros, os braços, o tórax e assim sucessivamente). Um terceiro passo seria acomodar-se em local agradável, bem ventilado com vista o mais aberta possível e evitar locais fechados e abafados, afrouxar as roupas, sentir-se o mais confortável possível.

Além disso, os pensamentos no momento do ataque são muito importantes. A matriz do pânico é o medo, e um medo incontrolável. Só quem já passou por um ataque de pânico entende o que estou escrevendo. É difícil conter esses pensamentos, por isso escrevemos todas as medidas anteriores para evitar os piores pensamentos. Dentre os piores temos o medo de morrer, o medo de perder o controle, a certeza de que algo muito ruim realmente irá acontecer, a certeza de que realmente estou muito doente e ninguém descobre ou me leva a sério, pois as sensações são reais.

Os pensamentos que devem ser priorizados nesses momento são aqueles que nos afastam do medo: a certeza lógica que é só uma ataque de pânico do qual não tenho controle, mas que irá passar; a fé de que nada me acontecerá de mal, a coragem para enfrentar situações adversas (“já passei por coisas piores e sobrevivi, vou sobreviver a esta também” – novamente a lógica tentando se impor sobre o “tsunami” ilógico do medo); tentar não ter medo do medo, e sim aprender com o medo. O medo existe para nos defender de algo e não para nos escravizar. O medo é nosso aliado e não nosso inimigo.

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