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Inicia floração do trigo no RS

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, o plantio da área destinada ao trigo para a safra 2017 está praticamente concluído dentro da época recomendada pelo zoneamento agroclimático do Rio Grande do Sul. Apesar dos contratempos enfrentados pelos triticultores, as lavouras em sua grande maioria estão em desenvolvimento vegetativo, sendo que no Norte e Noroeste do Estado, junto ao rio Uruguai, 1% delas se encontra em início da fase de floração (emissão da folha bandeira/emborrachamento).

De maneira geral, o desenvolvimento vegetativo do trigo foi favorecido pelos dias de sol e frio intenso da semana anterior, porém esta fase do desenvolvimento se encontra aquém do ideal para a época, em função da baixa umidade no solo na maioria das regiões. As lavouras implantadas em julho apresentam germinação desuniforme devido à falta de chuva após o plantio. Tal fato traz risco de redução na qualidade final do produto.

A cultura da canola se encontra nas fases de desenvolvimento vegetativo e floração, prejudicada pela baixa umidade no solo e as geadas ocorridas na semana passada, com desenvolvimento insatisfatório, poucas folhas e baixa emissão de flores. A lavoura se encontra em melhores condições somente na região da Fronteira Noroeste, onde o plantio do cedo já alcança a fase de enchimento de grãos. Nas demais, os tratos culturais foram suspensos até a reabilitação das plantas das geadas e a retomada de umidade do solo. Em alguns casos, os produtores procuram os agentes financeiros para solicitar amparo do Proagro.

Hortigranjeiros
Nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, as geadas da semana passada danificaram as culturas cultivadas a campo, como repolho, brócolis, beterraba e temperos. No cultivo protegido, o tomate foi a cultura mais prejudicada, principalmente nas áreas nas quais os produtores estavam antecipando o plantio para comercialização no período de maior valor.

Na Serra gaúcha, segue forte o transplantio das variedades precoces de cebola, com a maioria dos cebolicultores utilizando a irrigação para tornar mais seguro o pegamento das mudas. Sementeiras das variedades tardias estão com boa sanidade, bastante favorecidas pelo primeiro período de frio intenso e prolongado, dias ensolarados e baixa umidade do ar. Uma atividade em voga é a distribuição de adubos orgânicos e sua incorporação ao solo, constituindo o preparo preliminar dos canteiros que receberão as mudas das cultivares tardias.

Na região do Vale do Caí, as geadas ocorridas na semana passada não causaram danos significativas às bergamoteiras e laranjeiras, entretanto queimaram as brotações novas da lima ácida Tahiti, também conhecida como limão da caipirinha, espécie mais sensível ao frio. O tempo bom tem facilitado a colheita de frutas cítricas, que se encontra no auge, com os produtores recebendo bons preços pelas frutas.

Pastagens e ovinos
As baixas temperaturas e a ocorrência de geadas retardaram o desenvolvimento das pastagens. Os campos naturais continuam com pequena oferta de pasto, com redução de oferta nas próximas semanas, pois após o pastejo o rebrote vem sendo muito baixo. As pastagens anuais de inverno estão em melhores condições de produção de massa verde e com razoáveis condições de pastejo e oferta de forragens. As pastagens nas restevas de soja, na integração lavoura-pecuária, apresentam bom desenvolvimento, e os pastoreios também estão sendo realizados.

Os rebanhos ovinos apresentam queda de condição corporal, pois os campos nativos estão com reduzido desenvolvimento. Apesar dos ovinos terem o hábito de pastejo mais rasteiro, no município de Jaguari, os produtores estão suplementando a alimentação no cocho. O rebanho ovino apresenta boas condições, sendo que boa parte se encontra em final de gestação, com bom estado corporal.

Alguns produtores de ovinos ainda estão realizando esquila pré-parto, como os do município de Jaguarão, pois na maioria das propriedades o nascimento dos cordeiros se dá no mês de agosto. Com o nascimento de cordeiros, aumenta a preocupação com o ataque dos predadores (graxains, cachorros e caranchos). Nas regiões produtoras, a época é de banhos para controle obrigatório da sarna ovina e piolho, que devem ser informados às inspetorias sanitárias dos municípios. Em todo o Estado, continua o monitoramento das verminoses, ectoparasitas e doença do casco.

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