O que é saúde auditiva? Andréa Varalta, fonoaudióloga da Direito de Ouvir Amplifon – empresa que pertence a um grupo que é líder mundial em soluções auditivas – explica que “é conservar a audição de forma saudável para que se possa manter a capacidade de ouvir até a terceira idade.”
No entanto, Andrea afirma que o conceito de saúde auditiva nem sempre é seguido à risca. “Por causa da poluição sonora e dos muitos ruídos a que estamos expostos – trânsito, ouvir música com fones de ouvido e outras fontes de som alto – muitas vezes a perda auditiva pode começar a ocorrer antes da chegada da terceira idade, fase em que essa diminuição é até esperada”.
A fonoaudióloga aconselha que um especialista seja procurado assim que qualquer perda auditiva seja percebida, mesmo que seja pequena, independentemente da idade. “Inicialmente, pode ser que nem haja uma intervenção possível, mas essa perda precisa ser monitorada”, diz.
Ela explica que o “padrão de normalidade” é ouvir entre 0 e 25 decibéis de som. Por isso, pessoas diferentes, mas com uma audição considerada normal, podem ouvir “melhor” que outras.
Quando o nível atinge os 30 decibéis, esses 5% de rebaixamento já são considerados perda auditiva, mas a colocação do aparelho, nestes casos, ainda depende do paciente.
Se ele não sentir necessidade, pode abrir mão da prótese auditiva. Neste caso, a audiometria deve ser repetida a cada seis meses, para acompanhar a evolução do problema.
A colocação de aparelho auditivo só se torna um protocolo obrigatório quando o nível de audição chega a 45 decibéis. “Ao atingirem esse nível, há pacientes que já têm prejuízo na área da fala. Por isso, existe a recomendação de colocar uma prótese mesmo que o paciente não queira”, detalha.
Para manter a saúde auditiva, Andréia dá cinco dicas simples, mas valiosas:
1 – Não introduza nenhum objeto (como chave ou palitos) no conduto auditivo, nem o limpe com bastonetes. Apenas a área externa da orelha deve ser limpa com este auxílio. “A orelha expulsa a cera em excesso naturalmente, com movimentos peristálticos. Interferir nesse processo pode ser prejudicial”, alerta.
2 – Trate gripes, otites e outras infecções até o final. O tratamento deve ser feito sempre com acompanhamento médico e nunca com soluções caseiras. “Quando mal curadas, essas infecções podem levar à perda auditiva”, explica a especialista.
3 – Quem se expõe a ruídos como cortadores de grama, voos em aeronaves e shows de música deve usar sempre um protetor auricular ou EPI – Equipamento de Proteção Individual. “Seja essa exposição esporádica, longa ou súbita, ela pode matar a célula auditiva”, afirma Andréa.
4 – Controle o nível do ruído dos brinquedos para os bebês. “Bebês suportam a mesma intensidade de som que adultos. Mas como eles nascem com uma audição mais aguçada, correm mais risco quando a intensidade sonora é maior”, detalha.
5 – Evite frequentar piscina de água aquecida. “O ambiente de água quente pode conter bactérias que contaminam a orelha e causam otite”, esclarece.