A possibilidade de chuva na manhã deste segundo domingo do mês de outubro não se concretizou e os devotos de Nossa Senhora de Fátima tiveram tempo muito favorável para a procissão e para a missa campal no Santuário Diocesano na Romaria do Ano Nacional do Laicato, em Erechim. A temperatura de 11 graus ao amanhecer, com vento frio dando sensação térmica mais baixa, foi melhor do que sol escaldante.
A partir das 09h, Dom José presidiu a procissão da Catedral Diocesana à esplanada do Santuário, seguida de missa campal, concelebrada pelo Bispo Emérito, Dom Girônimo Zanandréa, o Vigário Geral, Pe. Cleocir Bonetti, o Coordenador de Pastoral, Pe. Maicon Malacarne, o Reitor do Santuário, Pe. Valter Girelli, padres jubilares dos dois últimos anos, Milton Mattia, Dirceu Dalla Rosa, Maximino Tiburski, Ivacir João Franco. Outro padre jubilar, Antonio José Scheffel, por motivos de saúde, não pôde participar. O ato litúrgico foi animado pelos padres Clair Favretto e José Carlos Sala, com a equipe de liturgia e o conjunto musical da Romaria.
Na conclusão da procissão, houve a coroação da imagem peregrina de Fátima. A pequena coroa dourada foi levada para o altar e entregue a uma das crianças que representava os três pastorinhos por outra criança encenando um anjinho, carregado por seu pai, acompanhado por coroinhas da igreja São Cristóvão de Erexim.
No início de sua homilia, o Bispo Diocesano agradeceu a Deus pelo esforço e dedicação das comissões técnica e econômica do projeto de revitalização do Santuário, pela colaboração de empresas e pessoas para a conclusão das obras, chegando à sua última etapa, a Capela da Reconciliação, já utilizada na novena e neste dia da Romaria. Depois, referiu-se ao Ano Nacional do Laicato, contemplado ao longo de toda a novena, que teve por tema “Cristãos leigos e leigas, como Maria, a serviço da vida e da paz”, com o lema, “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo”. Ressaltou que, a exemplo de Maria, todos estavam, certamente, participando da Romaria para proclamar o louvor a Deus e nele exultar de alegria pelos dons que concede. Observou que Maria de Nazaré foi uma jovem leiga, escolhida por Deus, para dar ao mundo seu Filho Jesus e estar a serviço dele. Como ela, todo cristão deve viver uma espiritualidade que inclui a cruz da doação total ao Pai e aos irmãos, e não uma “espiritualidade individualista”, descomprometida com a defesa da vida, nem disponibilidade para servir na comunidade, com os olhos do coração fechados para a caridade e o bem comum. Enfatizou que os cristãos leigos e leigas infundem uma inspiração de fé em todas as dimensões da vida: pessoal, familiar, comunitária, profissional, sociopolítica, religiosa. Concluiu desejando que a Mãe de Jesus, Senhora de Fátima, guie e ampare a todos, intercedendo para cada um e cada uma a graça de abrir os ouvidos do coração à Palavra do Senhor, para escutar o clamor e ver as necessidades de estar a serviço da vida e da paz no mundo.