Por volta de 1920, houve a descoberta de que o óleo de fígado de bacalhau apresentava atividade anti-raquitismo, uma substância denominada como vitamina D. No decorrer dos anos foi descoberto que o organismo humano era capaz de produzir sua própria vitamina D, necessitando de exposição à radiação solar.
Atualmente, a vitamina D também pode ser adquirida pela dieta e pela suplementação vitamínica. A principal função da vitamina D está relacionada à calcificação, através da homeostase do cálcio, preservando os níveis séricos e a relação entre cálcio e fosfato. A mais importante consequência da deficiência da vitamina D é o raquitismo (em crianças) e a osteomalácia em adultos. A literatura, entretanto, é controversa quanto ao benefício de suplementação alimentar de vitamina D para a prevenção de osteoporose em adultos, devido ao risco de intoxicação, por isso, para realizar a suplementação, somente sob orientação de médico ou nutricionista.
Conforme o professor de dermatologia da FMUSP, Sérgio Schalka, o tempo necessário de exposição ao sol para produção de vitamina D é mínimo, cerca de cinco minutos em um dia de verão, e diferentes estudos mostram que o uso regular de protetor solar não impacta na produção de vitamina D. Porém, temos que cuidar que estamos entrando em período de pouca exposição solar, pois diminuímos nossas atividades ao ar livre. Faz-se necessário o acompanhamento dos níveis séricos de 25 hidroxivitamina D e sua reposição através da alimentação e, se necessário, com a suplementação.
Na alimentação, o consumo de peixes como salmão, sardinha e bacalhau seriam os mais indicados, assim como o consumo de leite e seus derivados por volta de duas vezes ao dia. Sobre a atuação da vitamina D na saúde óssea, já está bem sabido, entretanto, o que poucos sabemos é sua atuação em processos essenciais como diferenciação e proliferação celular, secreção hormonal, como na secreção insulínica, ação no sistema imune e nas doenças crônicas não-transmissíveis (diabetes, síndrome metabólica, obesidade, entre outras).
