O prefeito de Barra do Rio Azul, Ivonei Márcio Caovila (PDT), exonerou todo o secretariado do município. O político, que está no segundo mandato à frente da cidade, justifica que precisou cortar gastos para viabilizar obras no município.
Com uma fala simples e um sotaque típico de quem vive no interior do estado, Caovilla conta que está construindo uma escola e um posto de saúde, além de asfaltar as ruas e fazer repasses para produtores do setor da agropecuária, base da economia da cidade.
“Ou eu faço as obras, ou seguro esse pessoal. Como eu vou penalizar o povo e não fazer as obras?”, questiona o prefeito.
A cidade conta com sete secretarias: Assistência Social, Saúde, Administração, Agricultura e Abastecimento, Cultura e Desporto, Finanças e Planejamento e Desenvolvimento. Além dos titulares, foram exonerados ainda o chefe de obras e três coordenadores.
Caovilla quer erguer uma escola, em uma obra de R$ 900 mil. O posto de saúde custará R$ 620 mil, grande parte da verba custeada pelo governo federal, mas o município arcará com uma contrapartida de R$ 220 mil. A prefeitura ainda entregará um centro de eventos, no valor de R$ 510 mil.
“Já temos uma escola, mas acho importante fazer uma nova. O meu posto de saúde está no limite. Se você for ver, há pessoas que acham que não precisava, mas na Câmara a votação foi de 9 a 0. Todos aprovaram. Na área da saúde, se eu atender a população, não vamos precisar enviar pessoas a hospitais de outras cidades”, justifica o prefeito.
Além das construções, a prefeitura vai adquirir uma escavadeira hidráulica, com recursos do Ministério da Agricultura, mas com uma contrapartida de R$ 100 mil. Também está na lista de despesas o repasse de cerca de uma tonelada de calcário a produtores locais e a instalação de redes de distribuição de água pela cidade. “Senão vamos nos apertar, vamos ficar sem água no verão”, alerta.
O prefeito lamenta a queda de recursos arrecadados do ICMS, mas se orgulha em dizer que, mesmo com a escassez de recursos, já asfaltou 80% das ruas da cidade. “Antes era só calçamento e não tinha passeio, hoje tem passeio e rede de água”, conta.
O próximo passo, segundo Caovila, é asfaltar o acesso ao município, responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), órgão do governo estadual. “Temos 17 km de estradas de chão e, até o fim do meu mandato, quero ao menos começar a fazer o asfalto. Quero provar para a população que não adianta esperar o governo estadual”, diz.