Crianças pequenas que tomam vitaminas podem estar consumindo níveis muito maiores do que o recomendado de nutrientes, sugere um estudo publicado no JAMA Pediatrics.
Para a pesquisa, os cientistas avaliaram os rótulos de cerca de 200 suplementos alimentares comercializados para crianças em duas faixas etárias: menores de 12 meses e entre 1-4 anos de idade. Os pesquisadores buscaram determinar a quantidade de vitaminas que as crianças consumiam e se o produto era usado como o indicado. Especificamente, eles registraram os níveis de consumo das vitaminas A, C, D, E, K e B12, juntamente com tiamina, riboflavina, niacina, ácido fólico, biotina e colina.
A maioria dos produtos continha níveis de vitaminas muito maiores do que o recomendado para crianças em um único dia. Por exemplo, os suplementos alimentares para crianças com idades entre 1-4 anos continham, em média, cerca de 300% dos níveis diários recomendados de vitamina A, riboflavina e tiamina, 500% dos níveis recomendados de vitamina C e mais do que 900% dos níveis recomendados de biotina.
A vitamina D foi a única substância que esteve presente nos níveis adequados ou abaixo dos níveis recomendados para ambos os grupos etários.
“Segundo os autores do estudo, é muito cedo para saber se esses achados são preocupantes. Isso porque poucos estudos exploraram os efeitos de níveis maiores do que o recomendado das vitaminas em lactentes e em crianças jovens. Assim, em muitos casos, a quantidade máxima de uma vitamina que é segura para a ingestão de uma criança não é conhecida, dizem os pesquisadores”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.