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Síndrome Alcoólica Fetal: perigos na gravidez!

O álcool é um dos maiores inimigos da gravidez. Porém, embora a abstenção total de bebidas seja a recomendação oficial do Ministério da Saúde e da maioria dos médicos, na prática muita mulher acaba acreditando que um golinho de cerveja ou vinho não faz mal algum.

Acredite, isso não passa de mito. Qualquer tipo de ingestão de álcool pode, sim, fazer mal ao bebê e comprometer a saúde da mamãe também.

De acordo com a Dra. Patrícia de Rossi, ginecologista e obstetra do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, em São Paulo, “a conversa com o médico é fundamental para que a gestante e seu feto tenham a saúde assegurada”.

Segundo ela, o consumo de álcool na gravidez pode influenciar para que o feto tenha alterações faciais, microcefalia (cabeça pequena), retardo mental, déficit de controle dos impulsos, hiperatividade e alterações neurocomportamentais. A médica complementa dizendo que não existe um limite seguro para o consumo de álcool durante a gravidez, já que ele pode causar uma Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Ele é contraindicado em qualquer quantidade. Vale lembrar que o grau de acometimento dos bebês depende não só do quanto a mãe ingeriu, mas também do período da gestação em que houve este consumo.

Como detectar e tratar?
Em São Paulo, o Grupo da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), coordenado pela Dra. Conceição, cria ações para conscientizar os pediatras. Já nos Estados Unidos e Canadá, existe um teste que identifica produtos do álcool no mecônio ou cabelo do recém-nascido. É uma técnica de alto custo, que ainda não está disponível no Brasil.

“Vale lembrar que os efeitos do álcool ocasionados pela ingestão materna de bebidas alcoólicas durante a gestação não têm cura, por isso vale a máxima, o quanto antes parar, melhor para o bebê, sua família e a sociedade. O diagnóstico precoce da doença e a instituição de tratamento multidisciplinar ainda na primeira infância podem abrandar suas manifestações”, explica a Dra. Conceição.

Consciência e bom senso sempre!

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