Ácido fólico e folato têm sido tratados como a mesma coisa, mas seus efeitos metabólicos são diferentes. O folato é encontrado em vários vegetais. Já o ácido fólico é a forma sintética da vitamina B9, encontrada em suplementos e alimentos fortificados. Quem sofre de deficiência de ácido fólico só descobre após um exame de sangue. “A principal mudança em pacientes com valores muito baixos é a alteração na produção das células vermelhas, levando a um quadro de anemia”, diz a endocrinologista Ana. Quando isso ocorre, “pode haver fadiga, falta de ar após esforço leve, dor de cabeça, palidez e feridas na boca”, afirma a nutróloga Tamara. Quando há carência do nutriente, é importante que se faça suplementação com supervisão profissional, além de ingerir alimentos ricos na vitamina.
De acordo com Ana, algumas doenças intestinais inflamatórias podem afetar a absorção do nutriente, como a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável e a doença de Crohn (enfermidade inflamatória crônica que pode afetar todo o sistema digestivo). “Indivíduos com talassemia, um tipo de anemia hereditária, precisam de altas quantidades de ácido fólico que a dieta não consegue suprir. Alguns medicamentos também podem interferir na absorção da vitamina, como colestiramina, sulfassalazina, metotrexato, fármacos para o diabetes e insônia, alguns antibióticos e anticonvulsivantes”, enumera Tamara.
A falta de folato também tem sido observada em alcoólatras: o álcool interfere na absorção do nutriente e aumenta sua eliminação pela urina. Além disso, muitos alcoólatras têm dietas pobres e não alcançam a ingestão diária recomendada da vitamina.