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Apesar da falta de chuvas, milho é colhido no RS

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A falta de chuva recorrente no Estado do RS tem prejudicado o desenvolvimento da cultura do milho e já produz perdas nas lavouras cultivadas pelos agricultores familiares e por médios e grandes produtores. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (09), em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a cultura chegou em 99% de plantio da área de 777.442 hectares previstos para esta safra. Das lavouras implantadas, 24% estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 13% em floração, 31% em enchimento de grãos, 27% maduro e 5% já foram colhidos.

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, as fases de desenvolvimento vegetativo (1%) e floração (3%) estão se encerrando, e a cultura do milho avança para enchimento de grãos (44%), maturação (47%) e colheita (5%). O potencial produtivo das lavouras tem variado em virtude do regime de chuvas esparsas ocorridas durante dezembro. Nas plantadas entre o final de setembro e início de outubro, o impacto das perdas tem sido maior e os produtores estão solicitando Proagro. A colheita das primeiras lavouras foi iniciada e, em Tenente Portela, os resultados têm apontado boa produtividade. Os produtores aguardam melhores condições de umidade no solo para realizar o segundo plantio da cultura nas áreas que anteciparam a colheita para a produção de silagem.

Na região de Santa Rosa, a área de cultivo de milho deverá ultrapassar a intenção de plantio prevista em 120.078 hectares, que já atingiu 81% da área. Foi concluída a implantação do milho safra e iniciado o plantio da safrinha. Da cultura implantada, 4% encontram-se em desenvolvimento vegetativo, 2% em floração, 16% em enchimento de grão, 60% em maturação e 18% foram colhidos como silagem de planta inteira. Durante a semana, o processo de amadurecimento acelerou, devido à perda de água dos grãos, e as lavouras têm apresentado baixo índice de ataque de pragas e doenças. São poucas as comunicações de Proagro neste Regional da Emater/RS-Ascar, diferente da região de Frederico Westphalen, onde foram registrados 71 pedidos de cobertura de Proagro. Nesta região, as lavouras semeadas a partir de meados de setembro vêm apresentando perdas devido à estiagem, com redução na produtividade estimada em até 30%. Em se mantendo as condições do tempo, a quebra na produtividade regional deverá atingir 20%.

Sobre o milho silagem, as regiões de Erechim e de Santa Rosa apresentam 50% em fase de formação de grãos e 50% da cultura já foi colhida. Há redução da produtividade pela falta de chuvas. Na de Santa Rosa, o corte para silagem foi intensificado devido à maturação forçada das plantas, causada pelas altas temperaturas dos últimos dias. Os produtores aguardam o retorno da chuva para dar andamento ao plantio das áreas destinadas ao milho silagem/safrinha. Na regional de Caxias do Sul, as áreas destinadas à produção de silagem estão sendo processadas, mesmo com plantas murchas e praticamente sem formação de espigas. Há pedido de liberação de seguro para possibilitar nova semeadura em muitas áreas.

Soja – O plantio da soja no RS chegou em 99% da área prevista para a safra de 5.978.967 hectares. Das lavouras com a cultura, 75% estão em desenvolvimento vegetativo, 22% em floração e 3% na fase de enchimento de grãos. Na Fronteira Noroeste, o plantio está concluído e a implantação da safrinha já iniciou em áreas pós-colheita do milho. Nas lavouras com cultivares superprecoces, foi iniciada a colheita; o microclima que permite antecipar a semeadura em Porto Lucena possibilitou que 5% de área já tenha sido colhida. A produtividade das lavouras alcançou entre 48 e 65 sacos por hectare. Em geral, as plantas estão sadias, bem nutridas, com boa nodulação. Os produtores seguem realizando aplicação de herbicidas e iniciam os tratamentos preventivos de fungicidas no turno da manhã, que apresenta as condições mais adequadas. Em lavouras com solos pouco profundos, o déficit hídrico associado às temperaturas elevadas e à baixa umidade do ar tem provocado a murcha das plantas. Em alguns casos, ocorre inclusive a morte de plantas.

Na região de Ijuí, 91% da área com soja estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 9% em floração e 1% em enchimento de grãos. As lavouras da região Celeiro, localizada ao Norte, seguem com desenvolvimento satisfatório. Já nas dos Coredes Noroeste Colonial e Alto Jacuí, a falta de chuvas tem comprometido o desenvolvimento normal da cultura. Os produtores realizam aplicações de fungicidas e inseticidas preventivamente e as lavouras apresentam boa sanidade.

Arroz – A cultura no RS se encontra nas fases de germinação/desenvolvimento vegetativo (75%), em floração (20%) e enchimento de grãos (5%). Em geral, a sequência de dias com alta taxa de luminosidade, conjugada com disponibilidade de água e associada a temperaturas elevadas durante a manhã e à tarde e amenas à noite, tem sido favorável ao bom desenvolvimento da cultura.

Feijão 1ª safra – Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a cultura está nas fases de enchimento de grãos (3%), maturação (14%) e colheita (83%). A colheita avança rapidamente pelas condições de tempo estável, com pouca chuva, favorável à secagem dos grãos na lavoura. Os grãos colhidos têm apresentado boa qualidade. Há redução de produtividade nas lavouras plantadas mais tarde devido à falta de água para o desenvolvimento das plantas.

Das lavouras da primeira safra de feijão na região de Frederico Westphalen, 10% estão finalizando a fase de enchimento de grãos e 90% já foram colhidas. Em geral, a cultura apresenta bom desenvolvimento, grãos de boa qualidade e produtividade média de 1.800 quilos por hectare. Já na região de Pelotas, 19% das lavouras estão na fase de floração, 40% em enchimento de grãos, 21% em maturação e 20% já foram colhidas. A cultura vem sentindo os efeitos do clima quente e seco desde dezembro passado, condições que persistem neste início de ano, sinalizando redução da produtividade e da produção diante do quadro de estresse hídrico das plantas, principalmente em lavouras nas fases de floração e enchimentos de grãos.

Olerícolas
Cebola – Na regional de Pelotas, maior produtora de cebola do RS, a área de plantio é de 2.785 hectares. O clima seco e quente do final de novembro e dezembro prejudicou o desenvolvimento da cultura na fase final do ciclo, principalmente nas cultivares precoces; porém, favoreceu muito a colheita e a cura, produzindo cebolas com ótima casca e cor, itens de qualidade valorizados na comercialização e no armazenamento. Atualmente, a cultura segue na fase de colheita, encaminhando-se para encerramento. A safra deverá ter produtividade inferior à esperada inicialmente, situando-se abaixo de 30 toneladas por hectare. Os produtores direcionam parte da cebola para armazenamento.

A cebola da região é destinada à comercialização em mercados de todo o Brasil. Os preços pagos aos produtores estão bastante reduzidos, devido ao excesso de oferta nos mercados locais, regional e nacional. Sem perspectivas de melhoras imediatas nas cotações, os produtores devem armazenar a produção em galpões ou em locais abrigados, cobertos por lonas, mas não por período superior a 45 dias, em razão de elevadas perdas neste tipo de armazenamento. O preço pago ao produtor está entre R$ 0,40 e R$ 0,50/kg para a caixa 3 (ou tipo 3, cujo diâmetro foi alterado em cinco milímetros: de 50 para 55 e de 70 para 75 mm) e de R$ 0,15 a R$ 0,20/cx. tipo 2. Os produtores estão preocupados com a estabilidade de preço, sem perspectivas de valorização, e que não cobrem o custo de produção.

Frutícolas
Pêssego – Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a área com pêssego (indústria e mesa) é de 5.311 hectares, cultivado por 1.041 produtores/famílias. A cultura está em fase de colheita, encaminhando-se para o final, com 85% da safra já colhida. É prevista queda na produção total. A região deverá colher uma safra entre 35 e 37 milhões de quilos. A falta de precipitações nas últimas semanas afetou o crescimento dos frutos, acarretando a produção de pêssegos classificados como tipo II, de menor valor comercial. Alguns produtores relatam perdas por granizo e vento.

Videira – Na regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, as temperaturas mais amenas e o retorno das chuvas, embora esparsas e com volumes irregulares, melhoraram o quadro geral da cultura e o ânimo dos viticultores. Porém, algumas áreas na região ainda carecem de umidade do solo para interromper o processo de perdas na produção. Os parreirais com mudas novas e de algumas variedades específicas, como a Couderc tinta e a Bordô, vêm apresentando maior suscetibilidade à estiagem, com amarelecimento e queda de folhas, maturação forçada das frutas e murchamento das bagas. Nestes vinhais, muitos produtores estão recorrendo às mais diversas opções de suplementação hídrica para tentar salvar as plantas, sendo recorrente inclusive o uso de caminhões-pipa para o transporte da água.

Melancia – Na regional de Soledade, iniciou a colheita da melancia, em área de cerca de 2.500 hectares implantada em Encruzilhada do Sul e Rio Pardo. As lavouras apresentam perda de cerca de 40% na produtividade, em função da estiagem. Há problemas também na comercialização da produção, em função do tamanho pequeno dos frutos. A melancia é comercializada a R$ 0,60/kg.

Pastagens e criações
Na maior parte das áreas, os campos nativos e as pastagens cultivadas de verão vêm sendo afetados pelo baixo nível de umidade no solo. Ocorre menor taxa de crescimento, com redução do volume e da qualidade da massa verde.

Os rebanhos bovinos de corte apresentam boa sanidade e bom escore corporal em todo Estado. Mas, em função do menor desenvolvimento das pastagens, o ganho de peso do gado vem sendo prejudicado na maior parte das regiões. A temporada de cobertura das matrizes tem continuidade, exigindo acompanhamento da condição nutricional e sanitária de reprodutores e reprodutoras.

Já nas diversas regiões pecuárias do Estado, os bovinos de leite apresentam boas condições físicas e sanitárias. Devido à diminuição da oferta de massa verde das pastagens, os criadores vêm tendo dificuldades para manter os níveis de produção leiteira apenas à base de pasto. Assim, têm recorrido à suplementação alimentar utilizando silagem, feno e concentrados proteicos. As altas temperaturas, que causam estresse térmico nas vacas, também podem ocasionar queda na produção de leite. Para reduzir o desconforto térmico, os produtores manejam o rebanho para realizar pastoreio noturno e disponibilizam áreas sombreadas e bebedouros com água à vontade. A estiagem prejudica também grande parte das áreas com milho para silagem. A perda na produção de silagem pode chegar a mais de 30% em algumas áreas.

Piscicultura – As atividades se desenvolvem em diversas etapas nas várias regiões do RS. Muitos açudes estão em fase de manutenção com recuperação de taipas, correção de acidez e adubação. Em outros, a fase é de povoamento. Nos açudes povoados, são realizados cuidados para a manutenção da qualidade da água e para uma boa alimentação dos peixes. Alguns piscicultores já começaram a despesca, mas a grande maioria se organiza para fazer a despesca principal na Semana Santa. Os piscicultores que abastecem feiras e abatedouros de peixes realizam várias despescas distribuídas durante o ano.

Pesca artesanal – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, a pesca artesanal marinha com cabo fica bastante limitada no período de veraneio, em função da presença maior de banhistas. Neste período, a pesca embarcada dá a principal sustentação à atividade dos pescadores. Na região de Pelotas, nos municípios de Pelotas e Rio Grande, a captura da Corvina é o grande destaque na semana, sendo que outras espécies praticamente não estão sendo capturadas. A partir de 6 de janeiro, a pesca de camarão foi liberada na Lagoa do Peixe, que tem parte de sua extensão na região de Porto Alegre e parte na de Pelotas.

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