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segunda-feira, 25/novembro
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Autoaceitação do corpo: felicidade não é estar no padrão

O que define você? Há aquilo que está dentro (as ideias, os ideais, os sentimentos, a criatividade), as suas relações (com a família, os amigos, os parceiros amorosos), os seus interesses (musicais, artísticos, religiosos)…

Com esse tanto de aspectos a partir dos quais é possível olhar para uma pessoa, por que é comum achar que nos resumimos a um corpo? E, pior: por que o fato de estar fora de um padrão gera tanto preconceito, julgamento, insatisfação e até tristeza?

Principalmente no verão, há quem acredite que é necessário estar magro e definido para ser feliz. Se fala até em “corpo de praia”, como se fosse necessário uma forma específica para aproveitar o mar, o Sol e a areia. Com mais um ano entrando, refletir se essa vontade de mudança tem como objetivo apenas atender a um padrão pode ser o caminho para ter uma relação mais saudável com o corpo e a mente.

Essa reflexão pode levar ao questionamento de ser certos conceitos. Você já se perguntou se está querendo emagrecer para você ou para os outros? Ou se sua relação com a alimentação é de culpa, autopunição ou tentativa de compensação? E até mesmo se é correto com você tentar estratégicas que prometem ações milagrosas, mas que trazem muito desconforto e efeitos colaterais?

Pensar a respeito, fazer questionamentos e buscar respostas dentro de si ajuda a conhecer a si mesmo, mas também contribui para construir a autoaceitação.

Um conceito que é importante ter em mente é que nem sempre a magreza foi sinônimo de beleza. “O padrão corporal mudou ao longo das décadas, o que significa que o corpo que é padrão hoje, em outros momentos não era tido como ideal”, explica Amanda Gallo, psicóloga clínica e colaboradora do Ambulim (Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP).

Assim, quanto mais presentes os estímulos visuais desta determinada forma, como a publicidade e as fotos de famosos no Instagram, mais tomamos o corpo magro e definido como modelo para nós. “As pessoas acabam usando esses modelos como referência, e idealizam chegar àquela estrutura corporal em algum momento da vida. Entretanto, o que não é informado é que em grande parte das vezes o custo para se atingir esse corpo (tido como ideal) é altíssimo, e pode envolver restrições alimentares e realização de atividade física exagerada”, completa.

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