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Benjamin Constant do Sul: surto leva comunidade a decretar bandeira preta

O município de Benjamin Constant do Sul deve aderir a classificação de Bandeira Preta para fazer frente à pandemia do novo coronavírus (covid-19) no município. É o primeiro município da região a adotar regras mais rígidas no combate à doença. O que envolve parar a cidade pelo período de 15 dias, funcionando somente serviços essenciais. A medida que deve ser oficializada hoje (21) foi tomada depois que o município confirmou um surto da doença, isto é, mais de dois casos no mesmo local de trabalho. Até o fechamento da reportagem haviam 8 casos confirmados e mais de 22 pessoas em monitoramento.

A recomendação foi feita pela Promotoria de Justiça de São Valentim, por meio do promotor de Justiça, Adriano Luís de Araújo. Em entrevista por telefone ao Jornal Bom Dia, o promotor disse que a medida foi sugerida depois do município identificar, tecnicamente, um surto da doença. “Surto é quando há pelo menos dois casos identificados da doença no mesmo local de trabalho”, explica. E neste caso foi dentro da Unidade Básica de Saúde.

Ele ressalta que ao se falar em surto não quer dizer que toda a população está contaminada, porque dois casos caracterizam o surto. “E a partir daí eles fizeram um trabalho excelente de monitoramento. Aí sugerimos que o município adotasse a matriz de Bandeira Preta. E, o município se comprometeu a dar uma resposta a essa situação”, observa.

Secretaria de Saúde

Segundo a secretária de Saúde, Natalie Ferreira Nazari, até a tarde de ontem (20), haviam 8 casos confirmados do novo coronavírus (covid-19) e mais de 22 pessoas em monitoramento, número que estava aumentando, porque há muitos casos com sintomas. “Esse número muda a cada momento”, disse.

Bandeira preta

Ela explica que a decisão ocorreu em reunião, na manhã de quarta-feira (20), com integrantes do Comitê do Coronavírus, representantes da comunidade e o promotor de Justiça.

Ela ressalta que a comunidade aprovou a decisão, havia representantes das secretarias municipais do município, de bancos, comércio, Câmara de Vereadores e Brigada militar. “Foi uma decisão coletiva, de todo mundo. Todos acharam melhor aderir pelo bem da população”, disse

Ela comenta que, na tarde de ontem (20), o setor jurídico já havia iniciado a redação do decreto, que pode ser publicado durante o dia de hoje (21) ou em alguns dias.

Segundo Natalie, a adesão à bandeira preta é uma medida para tentar diminuir a transmissão do vírus e proteger a população que envolve, também, uma aldeia indígena muito grande no município. “Durante 15 dias tudo vai ficar fechado somente irão funcionar as atividades consideradas essenciais, relacionadas à saúde, alimentação”, afirma.

Autonomia

A secretária de Saúde enfatiza que o município tem a competência para decretar a bandeira preta. “O Estado dá liberdade para nós definirmos isso. Resolvemos aderir por sugestão do Ministério Público e pensando na proteção da saúde das pessoas”, enfatiza.

Natalie ressalta que o intuito da medida é para que as pessoas fiquem em casa. “Nosso objetivo sempre foi esse, mas como trabalhar a prevenção é muito difícil, a gente vai aderir a bandeira preta, em comum acordo com todas as entidades, que estavam presentes na reunião”, disse.

Sem casos graves

Ela enfatiza que ainda não tem nenhum caso grave dos 8 confirmados com o novo coronavírus, e todos estão sendo monitorados em casa. “E estão bem”, disse.

Fique em casa

“Que as pessoas fiquem em casa e se conscientizem dessa situação”, observa.

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