Se você não se exercita com frequência, está acima do peso ou tem histórico de diabetes na família, saiba que você tem uma grande propensão a desenvolver a doença. A diabetes é uma doença complexa e, por isso, cientistas continuam pesquisando e descobrindo evidências de novos fatores de risco mais variados e complexos do que se pensava.
Por exemplo, uma pesquisa recente mostra que o câncer de mama pode aumentar as chances de desenvolver diabetes em algumas mulheres. Conheça outros cinco fatores de risco para a diabetes tipo 2:
Menopausa precoce
Pesquisadores na Holanda descobriram que mulheres que entram na menopausa antes dos 40 anos têm mais chances de apresentar diabetes tipo 2. Em contraste, as mulheres que passaram pela menopausa depois de 55 anos de idade tendem a correr menor risco de manifestar a síndrome metabólica. Embora a relação menopausa-diabetes ainda não seja bem compreendida, os pesquisadores teorizam que a maior exposição ao hormônio estrogênio, como resultado de ter a menopausa em idade mais avançada, pode oferecer proteção contra o diabetes. Os resultados sugerem que a idade em que ocorre o início da menopausa deve ser considerada como parte do diagnóstico e da prevenção da diabetes.
Baixo nível de vitamina D
A vitamina D desempenha um papel importante na produção de insulina e na regulação dos níveis de açúcar no sangue. Estudos do departamento de Saúde e Ciências da Universidade do Oregon, EUA, indicam que pessoas com diabetes tipo 2 tendem a apresentar carência de vitamina D, mas esta relação ainda não foi comprovada cientificamente. Contudo, a pesquisa continua buscando novas informações.
Dieta restritiva durante a gravidez
Durante a gravidez não é preciso comer por dois, mas também não é indicado fazer restrições alimentares drásticas. De acordo com um estudo no European Journal of Clinical Nutrition, crianças nascidas de mães que se alimentaram mal durante o primeiro trimestre da gravidez foram mais propensas a mostrar irregularidades nos níveis de açúcar no sangue e nos níveis de insulina, o que pode ser traduzido em um maior risco de diabetes. A boa notícia: ao fazer uma dieta nutritiva com abundância de produtos como cereais integrais, gorduras saudáveis, e proteínas magras, as mães podem presentear seus bebês com um início de vida bem saudável.
Relógio interno
Os notívagos e boêmios podem estar no grupo dos que apresentam mais chances de ter diabetes tipo 2. Pesquisadores na Escandinávia descobriram que quem sofre de insônia tem cerca de 2,5 vezes mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que aqueles que têm uma boa noite de sono e acordam cedo. Quem tem tendência natural de ficar acordado até tarde deve adotar uma rotina mais saudável, indo para a cama 15 minutos mais cedo a cada semana, de modo que o sono venha gradualmente. Desligue todos os aparelhos eletrônicos, incluindo computadores, telefones e televisores, pelo menos uma hora antes de dormir para ajudar seu corpo a relaxar e cair num sono mais profundo.
Toxinas ambientais
Produtos químicos industriais chamados ftalatos parecem estar ligadas a um risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2, segundo uma pesquisa publicada na revista Diabetes Care. Os pesquisadores descobriram que idosos com níveis mais elevados de certos compostos de ftalato no sangue, indicando uma maior exposição aos produtos químicos, eram mais propensos a ter uma má produção de insulina, que desempenha um papel no desenvolvimento da diabetes. Os ftalatos são amplamente usados em produtos de plástico para cosméticos.