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Cirurgia bariátrica pode tornar o homem infértil

O aumento da obesidade no mundo faz crescer, cada vez mais, a procura pela cirurgia bariátrica como forma de emagrecer. O que pouca gente sabe, entretanto, é que esse procedimento pode alterar a fertilidade do homem, diminuindo o número de espermatozoides (oligozoospermia) ou até mesmo til, azoospérmico (sem espermatozoides), tornando-o infértil.

Segundo o especialista em reprodução humana assistida, Edson Borges Jr., os homens com excesso de peso já têm uma diminuição da mobilidade e do número de espermatozoides, por causa da obesidade. Quanto maior o peso (o índice de massa corpórea – IMC), maior a alteração seminal.

Na cirurgia bariátrica, onde ele perde peso muito rapidamente, há uma mudança drástica do metabolismo, o que ofende bastante os testículos. “Não é incomum que o homem que já tinha uma alteração seminal pela obesidade fique azoospérmico (sem espermatozoide) a pós esse procedimento”, explica o médico.

A recomendação para quem pretende fazer essa cirurgia e quer ter filhos é que procure uma clínica e faça uma avaliação seminal. Depois, deve congelar seus espermatozoides, pois existe a real probabilidade (embora pequena) de ficar azoospérmico definitivamente.

O médico explica que o espermatozoide é produzido a cada 60/65 dias. Assim, o ideal é que, após a cirurgia bariátrica, se faça uma avaliação seminal a cada dois ou três meses. Caso, após um ano, quando ele já estabilizou seu peso, a sua produção espermática esteja normal, ele não corre mais o risco de ficar azoospérmico. Aí, o congelamento pode ser desprezado.

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