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Colheita de grãos de verão no RS se aproxima do final

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A predominância do tempo seco no Rio Grande do Sul permitiu o avanço das atividades de colheita dos grãos de verão. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (07), em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), as solicitações de vistorias de Proagro nas lavouras que utilizam a política de crédito rural seguem em todas as regiões do Estado. No caso da soja, cuja colheita atinge 95% no RS, até esta quarta-feira (06) foram realizadas 9.495 vistorias de Proagro. Já as solicitações de vistorias nas demais culturas e em hortigranjeiros totalizam 16.453. Os números vêm sendo contabilizados desde 01 de dezembro de 2019.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, o cultivo da soja está em final de colheita e a produção regional teve redução devido aos danos provocados pela estiagem. Atualmente a expressiva comercialização da produção é impulsionada pela alta no mercado. Uma modalidade que vem sendo bastante utilizada é da entrega futura, com cotação de preço acima de R$ 90,00/sc. de 60 quilos. Na região de Santa Rosa, onde 96% das áreas de soja estão colhidas, a produtividade tem se mantido em 1.926 quilos por hectare, refletindo a perda média de 41% em relação à inicial. Com o rendimento abaixo das expectativas iniciais, os produtores buscaram o amparo do Proagro nas lavouras financiadas. Durante as vistorias, são observadas plantas com grãos pequenos e chochos. Em áreas de segundo plantio, o prolongamento do estresse hídrico tem ocasionado baixo desenvolvimento das plantas, abortamento de flores e vagens e malformação de grãos.

No milho, a colheita no Estado chegou a 88% das áreas cultivadas. Na regional de Santa Rosa, 87% das lavouras já foram colhidas e a produtividade é de 7.060 quilos por hectare, com perda de 11% em relação à produtividade inicial devido à falta de chuvas nos períodos em que as lavouras mais precisam de umidade. Na de Frederico Westphalen, onde 97% das áreas cultivadas foram colhidas, o rendimento médio é de 6.840 quilos por hectare. A perda na produtividade se consolidou em 21% na região; produtores também solicitam cobertura de Proagro.

Milho silagem
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, muitas das áreas destinadas à colheita de milho grão foram aproveitadas para elaboração de silagem, de qualidade inferior e com rendimentos bastante baixos. As produtividades estão entre seis e nove mil quilos. Em São Lourenço do Sul, com 6.500 hectares destinados para confecção de silagem, o rendimento alcançou 8.750 quilos por hectare de massa verde ensilada. A perda tem sido dupla, no rendimento e na qualidade, o que impactará na produção leiteira e no ganho de peso dos animais.

A colheita do arroz já chega a 97% no Estado, com a permanência do tempo seco colaborado para a realização de atividades ininterruptas. Por outro lado, a falta de chuvas tem agravado a reposição dos mananciais, fator limitante para planejar as áreas de plantio no RS para a próxima safra.

No Feijão 2ª safra, a regional de Frederico Westphalen contabiliza 25% das lavouras colhidas, estando ainda 5% em floração, 25% em enchimento de grãos e 45% em maturação. A continuidade dos efeitos da estiagem tem acarretado perdas de 38,5% em relação ao rendimento inicial de 1.800 quilos por hectare. As lavouras apresentam desenvolvimento vegetativo abaixo do padrão de outras safras e há dificuldades de realizar o controle de pragas e doenças.

Olerícolas
Na região da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a atividade segue com problemas devido à falta de água nos reservatórios e açudes utilizados para irrigação. Como as precipitações têm sido insuficientes para recuperar os mananciais de água, os produtores racionam a água de irrigação e reduzem as áreas de semeaduras das hortaliças de outono e de inverno, o que poderá ocasionar a escassez de produtos para os próximos meses. Já na regional de Porto Alegre, a situação de estiagem dificulta o estabelecimento de novos plantios em algumas regiões, mas na região Litorânea e na encosta da Serra, a umidade do solo vem permitindo o estabelecimento das áreas de cultivo. Em relação às folhosas (alface, rúcula e brássicas), não há escassez de produto e nem descarte, apesar de que a programação de produção de mudas manteve-se 30% menor. Os preços estão um pouco acima da curva histórica, mas medianos. Observa-se que o contexto do mercado, em função da pandemia da Covid-19, está estabilizado nos fatores de oferta e procura. A procura por produtos vegetais vem sendo restabelecida, o varejo volta a acessar a Ceasa, e as feiras aos poucos voltam à atividade.

Pastagens e criações
Nas diversas regiões do Estado, o período de vazio forrageiro outonal deste ano será bem mais severo e prolongado do que costuma ser. Em função da estiagem prolongada, houve um encurtamento do período de disponibilidade de massa verde com boas condições alimentares e nutricionais oferecidas pelos campos nativos e pastagens cultivadas de verão. Somando-se a isto, também em consequência da estiagem, as pastagens cultivadas de inverno passam por três tipos de situação: atraso na implantação, problemas de germinação e, nos casos em que germinaram, baixa taxa de crescimento e desenvolvimento. Há vários casos em que os criadores ainda não conseguiram fazer o plantio das pastagens de inverno, devido à falta de umidade no solo.

Bovinocultura de leite
O agravamento do vazio outonal decorrente da estiagem continua provocando queda do escore corporal e da produção, na maior parte dos rebanhos leiteiros do RS. Em virtude da escassez hídrica nos açudes e bebedouros, muitos produtores recorrem à utilização de água de poços artesianos ou da rede pública de abastecimento.

As estimativas de queda na produção leiteira relatadas pelos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de abrangência foram as seguintes: Pelotas – 5 a 10%; Erechim – 20%; Frederico Westphalen – 30%; Porto Alegre – 30%; regional de Ijuí – 30%. Na região da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, as perdas estimadas na produção de leite até o final de abril foram da ordem de seis milhões de litros; na de Santa Rosa, estima-se uma perda atual de produção diária de mais de 11.500 litros. O prejuízo com a queda na produção se torna maior para os criadores em decorrência do aumento dos custos de suplementação alimentar, utilizada em quantidades maiores que o normal durante o presente período.

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