Você até tentou, fechou um plano na academia, malhou por algumas semanas e até perdeu peso mas, por algum motivo, agora não consegue mais manter o mesmo ritmo.
Difícil achar alguém que nunca deu um jacaré nessa onda de desanimo e ficou largado na areia em vez de colocar o tênis de corrida e voltar a malhar.
Para recuperar a motivação, nós temos algumas dicas! Mas, antes, você precisa ter algo muito claro na sua mente: se você não quiser, com toda a sinceridade do mundo, praticar exercícios, você sempre vai encontrar desculpas em vez de treinar.
Tenha em mente suas razões para malhar
A gente não precisa dar uma de médico aqui. Você sabe a importância da atividade física pra sua saúde e bem estar. Mas, além das vantagens óbvias de uma boa rotina de exercícios, o que te faz sentir a necessidade de malhar?
Você fez algum exame recentemente e ficou preocupado com o resultado? Tem histórico familiar de doenças relacionadas ao coração – ou outros problemas que podem ser reduzidos com a prática de atividades físicas?
Independente da motivação, tenha em mente suas razões para malhar. Se seu principal motivo é um exame de sangue, deixe o resultado sempre por perto para você não esquecer.
Se o caso for a predisposição para desenvolver alguma doença mais grave, anote isso e se lembre. Pedir para que algum familiar ou amigo te lembre também pode ajudar – só não vai ficar com raiva.
Não esconda suas roupas de malhar
Uma das dicas de quem consegue frequentar a academia todos os dias e não deixar de malhar é: mantenha suas roupas de ginástica por perto. Deixe, por exemplo, os tênis próximos da cama.
Essa estratégia funciona porque dicas visuais são um alerta para o cérebro. Segundo Kelly McGonigal, PhD, psicóloga e instrutora fitness: “todo mundo tem prioridades que podem competir com o exercício. Trabalho e amigos, por exemplo. Então, às vezes a gente precisa ativar um gatilho no cérebro para se lembrar da importância do exercício”.
Insira o exercício na sua rotina
Essa dica é mais fácil pra quem mora em cidade pequena ou trabalha relativamente perto de casa, mas, mesmo assim, ela é válida: para poupar tempo, una o exercício às necessidades diárias.
Por exemplo: você precisa correr e precisa ir e voltar do trabalho. Se não se sentir bem indo trabalhar correndo – no caso do seu escritório ser pequeno e não ter chuveiro, por exemplo – você pode voltar para a casa correndo. Bicicletas também são alternativas perfeitas.
Michelle Fortier, PhD e professora de ciências na Universidade de Ottawa, entende que incluir esse tipo de prática na rotina pode ser complicado, mas é uma estratégia ideal para quem vive reclamando por não ter tempo: “Se você trabalhar longe demais da sua casa, você pode estacionar o carro a alguns quarteirões do escritório, por exemplo”.
Invista em roupas
Se você comprar roupas para malhar, vai sentir a necessidade de fazer seu dinheiro valer a pena. Muita gente fecha pacotes extensos na academia justamente para alcançar essa mesma motivação: paguei, preciso ir.
Como apenas o plano de um ano na academia muitas vezes não é suficiente, adicione outros gastos como roupas novas para malhar.
Além da pressão financeira, McGonigal garante que essa estratégia: “reforça sua relação com o exercício”. Ela diz: “Quando se exercitar faz parte da sua identidade, o ato já não é mais opcional, é apenas parte de quem você é”.
Compartilhe, em algum aplicativo, sua rotina de exercícios.
Existem vários aplicativos por aí que monitoram sua prática regular de exercícios e compartilham seu treino ou resultados nas suas redes sociais. Você pode achar invasivo, mas utilizar esses métodos realmente funciona!
Redes sociais, como o Facebook e os aplicativos de exercício, oferecem uma camada extra de suporte social, e isso aumenta a motivação de qualquer um.
Envolva uma causa maior
Olha só que interessante: uma empresária norte-americana chamada Rachel Simpson prometeu que faria exercícios pelo menos quatro vezes por semana. Para cada semana deixada de lado, Rachel doaria US$25,00 para a campanha de um candidato à presidência do qual não gostava. Pronto, ela nunca mais deixou de se exercitar.
Para garantir a doação, ela criou uma conta no Stickk, um site cujo objetivo é fazer com que as pessoas mantenham seus próprios objetivos.
Para Dean Karlan, PhD, professor de economia e fundador do Stickk: “sentimentos fortes, como a antipatia, por exemplo, têm efeitos múltiplos. Perder US$10 para um inimigo é uma tortura”.
Faça amigos ou crie uma competição
Essa dica é meio complicada para os introvertidos, mas fazer amigos e criar vínculos na academia – ou aonde quer que seja sua prática de exercícios – gera um efeito psicológico muito interessante.
Além disso, você pode traçar uma competição com algum amigo seu que já malha com você. Acha que isso não é saudável? Pelo contrario: a competição transforma um objetivo solitário no objetivo de um conjunto e, por isso, ao se conectar com alguém, ambos vão mais longe.
Os critérios podem variar: peso na balança, medida da cintura, porcentagem de massa magra, enfim, você escolhe.
Lembrando: se você realmente não quiser mudar de vida, tudo vai ser uma desculpa para não começar.