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Conab mantém previsão de safra recorde de grãos no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul segue com a previsão de produzir o maior volume de grãos da sua história, de acordo com o 2º levantamento da safra 2024/2025, divulgado nesta quinta-feira (14) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa é de 38,35 milhões de toneladas, um aumento de 3,3% em relação ao ciclo passado. Já a área plantada deve ter acréscimo de 0,7%, somando 10,48 milhões de hectares.

“Esse bom resultado é puxado, principalmente, pela perspectiva de recuperação da produtividade do arroz e da soja. Hoje o Rio Grande do Sul é o terceiro estado que mais produz grãos, abaixo das áreas produtoras do Mato Grosso e Paraná, além de ser responsável por 12% da safra nacional de grãos”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Para a soja, é projetada uma safra de 20,34 milhões de toneladas, um aumento de 3,5%. A principal cultura do estado deve apresentar novo incremento na área cultivada, chegando a 6,84 milhões de hectares. A expectativa é de um aumento de 74,4 mil hectares, valor 1,1% superior ao da safra 2023/2024. De acordo com o atual levantamento da estatal, o Rio Grande do Sul está na posição de terceiro maior produtor de soja do país, atrás do Mato Grosso e do Paraná.

A produção de arroz deve chegar a 8,25 milhões de toneladas, em uma área de 988 mil hectares. As altas são, respectivamente, de 15,3% e 9,7%. O crescimento da área cultivada ocorre em todas as regiões produtoras, com destaque para a Sul e a Fronteira Oeste. Entre os motivos para esse cenário positivo estão a boa rentabilidade da cultura, a queda da rentabilidade da soja, o bom volume de água nas barragens e nos rios e a possibilidade de preparar antecipadamente as áreas, o que permite a obtenção de boas produtividades.

O volume esperado para o feijão preto e cores é de 76 mil toneladas, 6% a mais do que na safra passada. As lavouras destinadas ao plantio chegam a 49,4 mil hectares, uma elevação de 1,9%. A semeadura do feijão preto de primeira safra já alcança 65% da área total prevista. Já o cultivo do feijão cores ocorre somente a partir de dezembro. Conforme a Conab, a área cultivada com feijão cores tem apresentado uma tendência de aumento nas safras recentes. A maior rentabilidade da cultura tem levado os produtores a realizar seu cultivo no Planalto Superior, região com condições de solo e clima favoráveis à cultura.

Milho e trigo

O milho deve atingir uma produção de 4,3 milhões de toneladas, uma baixa de 11,4%. Há, ainda, uma expectativa de redução de 11,7% da área cultivada em relação à safra passada, chegando a 719,6 mil hectares. Entre os motivos para essa queda estão o elevado risco de perda por eventual estiagem, o aumento da incidência de cigarrinha nas lavouras, o que exige maior custo para o controle, e a substituição por cultura mais rentável.

A Conab ainda acompanha a cultura do trigo do ciclo 2023/2024. A previsão de produção é de 4,19 milhões de toneladas. O levantamento de safra mostrou uma queda de 10,6% na área cultivada com o cereal, totalizando 1,34 milhão de hectares, mas uma boa produtividade. A falta de sementes em quantidade e qualidade e a alta suscetibilidade da cultura às perdas, decorrentes de geadas e chuvas, são apontados como alguns dos principais motivadores da redução de área.

Produção nacional de grãos

A segunda estimativa da Conab para a safra de grãos indica um volume de produção de 322,53 milhões de toneladas no país, aumento de 8,2% se comparado com o resultado obtido no último ciclo, o que representa cerca de 24,6 milhões de toneladas a mais a serem colhidas. O crescimento reflete uma estimativa de elevação na área plantada e uma expectativa de recuperação na produtividade média das lavouras no país. No geral, os agricultores deverão semear ao longo deste ciclo 81,4 milhões de hectares, ante os 79,9 milhões de hectares cultivados em 2023/2024.

O maior crescimento é esperado para a área semeada de arroz, que deve passar de 1,6 milhão de hectares em 2023/2024 para 1,77 milhão de hectares no atual ciclo. A semeadura já teve início nas principais regiões produtoras e chega a 65% da área. Com uma produtividade estimada em 6.814 quilos por hectare, a produção deve ficar acima de 12 milhões de toneladas.

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