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Evolução das lavouras de grãos de verão segue de maneira distinta no Estado do RS

A evolução das lavouras de grãos de verão segue de maneira distinta, dependendo da região analisada. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (1), ao contrário do ocorrido nos últimos cinco anos – quando o Estado foi beneficiado por condições meteorológicas favoráveis de Sul a Norte, que proporcionaram ambiente propício para o pleno desenvolvimento das lavouras – nesta safra, o clima não foi de todo benéfico, principalmente para a região Sul e parte da Campanha (especialmente para os municípios do Leste dessa região).

É o que tem demonstrado a análise preliminar do levantamento realizado pela Gerência de Planejamento da Instituição, na segunda quinzena de fevereiro, sobre as condições das lavouras de verão. O resultado será divulgado na próxima terça-feira (6), às 8h, no já tradicional Café com Leite para a Imprensa, na Casa da Família Rural, do espaço da Emater/RS-Ascar, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque.

O levantamento tende a confirmar as observações, já reportadas por técnicos desde final de dezembro, de que a estiagem poderia trazer impactos negativos às produtividades das culturas em andamento, principalmente de milho e soja nas regiões Sul e Campanha. Nessas regiões, apesar do registro de chuvas durante o período em questão, estas foram insuficientes, tanto em volume quanto em abrangência, criando cenários distintos para a cultura, muitas vezes dentro de um mesmo município. Isso tem dificultado avaliações mais precisas quanto ao real potencial produtivo das lavouras e, por consequência, quanto à definição dos rendimentos médios municipais dessas regiões.

Já na parte Norte do Estado a situação é bem diferente. As lavouras apresentam um padrão mais uniforme, denotando que, à exceção de um ou outro caso específico, as produtividades deverão confirmar as estimativas iniciais e, em alguns casos, superá-las. O que parece certo é que atual safra não repetirá a excelente produção obtida ano passado, mas tampouco será um desastre total.

Grãos
Soja – Com a manutenção da umidade no solo nas áreas ao Norte, a cultura segue apresentando bom potencial produtivo. Todavia, a umidade verificada não tem sido suficiente para algumas áreas onde o solo é mais raso e de baixa fertilidade. Nessas lavouras, o porte das plantas é visivelmente menor, assim como o potencial produtivo. De maneira geral, nessa parte do Estado, o maior percentual da cultura (74%) encontra-se em estádio de enchimento de grãos com bom potencial produtivo, assim como o é para os 5% que se encaminham para o ponto de colheita. Estima-se que 1% do total da área desta safra já foi colhida; esse percentual é o esperado para o período.

Milho – A colheita do milho teve impulso com o tempo seco, chegando a 40% em nível estadual. Até o momento, a cultura tem mantido boas produtividades, uma vez que a área já colhida se concentra basicamente na parte Norte do Estado, onde as condições meteorológicas têm sido bem mais favoráveis. Situação contrária é registrada no Sul do Estado, onde a cultura enfrenta dificuldades. Com a falta de água para as plantas e na impossibilidade de conseguir colher o suficiente para empatar o valor empregado, alguns produtores optam por ceifar a lavoura e transformá-la em silagem. Mesmo assim, dadas as circunstâncias, a qualidade deixa a desejar.

Arroz – Com a pouca chuva ocorrida no último período no Centro e Sudoeste do Estado, as lavouras aceleraram sua maturação (15%), possibilitando o incremento da colheita, que em nível estadual atinge 5% do total da área plantada. Alguns municípios dessas regiões, como Itaqui, por exemplo, já ultrapassam os 10% de área colhida. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, outra importante região produtora do grão, o clima quente e a baixa incidência de chuvas nas fases de desenvolvimento vegetativo da cultura e de enchimento de grão/maturação, atenuaram o ataque de doenças. A expectativa dos produtores rurais dessa região, até agora, é de uma colheita maior que a do ano passado, tanto em produtividade quanto em qualidade de grão.

Feijão 1ª safra – Os cultivos dos Campos de Cima da Cerra apresentam bom desenvolvimento, com as lavouras em enchimento de grãos. As condições climáticas foram favoráveis ao ataque de antracnose, que afetou algumas lavouras. Na segunda quinzena de março deverá iniciar a colheita.

Feijão 2ª safra – As lavouras implantadas se desenvolvem satisfatoriamente na maioria das regiões produtoras. Os agricultores monitoram a cultura no que diz respeito à presença de pragas, principalmente do ácaro rajado em algumas áreas. Quando há doenças fúngicas, o clima predominante seco proporciona condições para redução dessas moléstias. Na Zona Sul, a área semeada de safrinha foi reduzida em decorrência da estiagem em toda a região.

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