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Forrageiras são beneficiadas pelo clima no RS

O clima na primeira metade da semana foi excelente para as forrageiras cultivadas e nativas, com ótimos níveis de umidade no solo, radiação solar e temperaturas amenas. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (02), em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a sucessão de três geadas na sexta e no final da semana (26 a 28/06) na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé marcou o início efetivo do inverno e a fase de paralisia na produção de forragem nas áreas de campo natural. Contudo, produtores que sobrepuseram azevém às áreas observaram bons resultados, com a emergência e o início de desenvolvimento dessa espécie forrageira.

As pastagens de aveia continuam apresentando muito boa taxa de crescimento, permitindo aumentar a lotação de animais para pastejo. Os trevos e o cornichão estão em pleno desenvolvimento vegetativo, e pequenas áreas de pastejo já começaram a ser utilizadas, principalmente onde foi realizada a colheita de sementes ou a fenação, com germinação do banco de sementes nos solos. Animais consomem boa alimentação e apresentam excelente ganho de peso. Nos municípios onde há cultivo de grãos, as áreas de integração lavoura-pecuária aumentaram significativamente a oferta de forragem.

Com clima favorável na regional de Ijuí, o desenvolvimento das pastagens anuais de inverno é considerado excelente. Diferentes estádios de utilização das forrageiras foram favorecidos pelo plantio realizado em diversas épocas. As primeiras áreas semeadas já disponibilizam o segundo pastejo aos animais. Em algumas propriedades, há sobra de forragem nesta época. Após as chuvas, os produtores retomaram a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura.

Já na regional de Bagé, as condições nutricionais do rebanho de corte melhoraram com a utilização de pastagens anuais cultivadas, com boa oferta de forragem e água de boa qualidade nos reservatórios. Tal combinação tem proporcionando ganho de peso para os animais de todas as categorias. Com a chegada do inverno e a ocorrência de geadas em dias consecutivos, a restrição na oferta de volumoso deve se ampliar e afetar o desempenho da atividade, prejudicando o estado dos animais.

Culturas de inverno
Trigo – O plantio da cultura segue avançando na maioria das regiões do Estado e atinge 87% das áreas previstas para esta safra. Os produtores monitoram eventuais pragas, doenças e ervas nas lavouras. De modo geral, as áreas já implantadas vêm apresentando bom desenvolvimento, com bom estande e sanidade das plantas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, onde há expectativa de expressivo aumento da área cultivada com trigo, a Fronteira Oeste segue com a semeadura mais avançada. Em São Borja, o plantio alcança 99% da área prevista, de 16 mil hectares. Em São Gabriel e Santana do Livramento, a semeadura alcança 75% dos cultivos, com bom estande e sanidade. As precipitações em Alegrete e Manuel Viana favoreceram a emergência e o desenvolvimento da cultura, que já se mostrava prejudicado pela ausência de chuvas.

Na semana foi iniciada a semeadura de trigo nos Campos de Cima da Serra, ainda em ritmo bastante lento, pois os produtores preferem semear após 10 de julho, buscando assim reduzir o risco de a cultura ser atingida por geadas no período crítico. As áreas já semeadas na regional de Caxias do Sul apresentam boa germinação e sanidade; o estabelecimento inicial das lavouras é excelente, mantendo a expectativa de bons rendimentos.

Canola – Na região da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, onde a maior parte das lavouras (79%) encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, a cultura avança com bom desenvolvimento, favorecido pelas boas condições climáticas. Os produtores aproveitaram as condições do clima para a aplicação de adubação nitrogenada nas lavouras mais avançadas. Com a consistência climática das últimas semanas, produtores esperam boas produtividades na cultura e projetam ótima rentabilidade, já que o preço do grão está indexado ao da soja, que apresenta valores históricos na região. Acompanhando a tendência de variação de preço da soja, a cotação na região foi de R$ 100,71/sc. de 60 quilos.

Aveia branca – Na regional de Ijuí, o clima foi favorável para o desenvolvimento da cultura, que se encontra em final de estágio vegetativo e evoluindo para o estágio reprodutivo. As primeiras lavouras semeadas apresentam boa formação de espiguetas, folha-bandeira bem desenvolvida e plantas com caules vigorosos.

Cevada – Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, onde se projeta o cultivo de pouco mais de nove mil hectares com cevada, o plantio alcançou 95% da área. O preço médio do produto está em R$ 60,00/sc. de 60 quilos. A cultura encontra-se em final de implantação na regional de Ijuí, restando poucas lavouras, conforme escalonamento planejado da semeadura. Segue a presença incipiente de manchas foliares nas primeiras folhas baixeiras.

Frutícolas
Citros – Segue a colheita de citros no Estado. Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado está concentrada a produção destinada a frutas de mesa no Rio Grande do Sul, sendo também a região maior produtora de bergamotas. As chuvas mais frequentes e em bom volume em maio e junho, juntamente com a temperatura mais fria, fizeram com que as plantas cítricas recuperassem a condição fisiológica de turgescência das folhas e de desenvolvimento dos frutos, muito prejudicada pela estiagem ocorrida de dezembro a abril. No Vale do Caí, as bergamotas Caí e Poncã estão em colheita, e em alguns municípios iniciou a da Pareci, ainda em pequeno volume. A Caí e a Pareci fazem parte das cultivares do grupo das Mediterrâneas, juntamente com a Montenegrina, a mais tardia, cujo início de colheita está previsto para agosto. A colheita da Caí já atinge 70% do total previsto (veja quadro). A fruta ficou com diâmetro menor do que em safras normais, mas o teor de suco e a doçura não foram afetados pela estiagem. Medições do grau brix das frutas colhidas indicam a média de 13o, considerado muito bom. O preço médio recebido pelos citricultores sofreu redução em comparação com o recebido na primeira quinzena de junho, passando de R$ 27,00/cx. de 25 quilos para os atuais R$ 25,00/cx. da Caí, e de R$ 23,00 para R$ 21,00/cx. da Poncã. Esta redução é explicada pela maior oferta de frutas, decorrente do auge da colheita. Os preços recebidos nesta safra são bem superiores aos da safra passada, mas este preço mais elevado não compensa as perdas ocorridas em função da estiagem. O valor superior é recebido pelos citricultores cujos pomares foram irrigados ou cuja localização é em áreas de solos com maior percentual de argila, que conserva a umidade por mais tempo, ou ainda para frutos de pomares beneficiados com maior volume de chuvas.

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