No Brasil, verifica-se nas últimas décadas um processo de transição nutricional, ou seja, o cenário epidemiológico nacional passou de desnutrição para obesidade. A obesidade traz consigo preocupações como o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, a exemplo da hipertensão e do diabetes.
Na infância, o manejo é ainda mais complexo. A criança não entende muito bem as consequências do excesso de peso a longo prazo, e reeducá-la exige mudança de hábitos com colaboração da família e do ambiente escolar.
Sabe-se que a escola é espaço oportuno para o desenvolvimento de ações e melhorias das condições de saúde e do estado nutricional das crianças. Em tempo de volta às aulas, é importante avaliar o que vai dentro da lancheira.
As escolhas devem suprir a necessidade energética e nutricional da criança, ser saborosas e visualmente atraentes. Para isso, é necessário algum planejamento, a fim de estabelecer o cardápio da semana.
Caseiros
Segundo os nutricionistas, o lanche escolar deve conter alimentos fontes de energia, de preferência integrais ou ricos em fibras, que aumentam a saciedade da criança, como por exemplo, sanduíches naturais, pães caseiros, cookies integrais, batata-doce cozida, milho cozido, pipoca, aveia, frutas etc.
As frutas devem estar presentes sempre que possível, pois além de energéticas são excelentes fontes de vitaminas e minerais. Para beber, a água é uma boa opção, mas também podem entrar na lancheira das crianças: água de coco, sucos de frutas naturais ou chás gelados feitos em casa, evitando-se o consumo de sucos de caixinha ou em pó, ricos em açúcar.
Também vale a pena investir em uma lancheira térmica, que conserve a temperatura adequada dos alimentos durante o transporte, evitando que estraguem.
O início das aulas é bom momento para também começar a fazer escolhas alimentares saudáveis. Para ajudar as famílias a tornar a lancheira escolar mais nutritiva, o Ministério da Saúde elaborou um cardápio com sugestões para a semana inteira.