No dia de sua eleição como sucessor de São Pedro, no Natal e no dia de Páscoa, o Papa concede a chamada bênção “urbi et orbi”, à cidade de Roma e ao mundo, que possibilita a indulgência plenária.
Nesta sexta-feira (27), antevéspera do último domingo da quaresma, às 18h de Roma, 14h de Brasília, o Papa Francisco estará na sacada da Basílica São Pedro para conceder esta bênção de forma extraordinária. Segundo ele, com a praça vazia, mas cheia de nossas orações. No vazio do espaço, o tempo de oração dará fé e esperança aos corações. Todos poderão acompanhar este momento pelos meios de comunicação social.
Conforme o próprio Papa, “ouviremos a Palavra de Deus, elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo Sacramento e darei a bênção à cidade de Roma e ao mundo, com a possibilidade da indulgência plenária, que é o perdão das penas devidas aos pecados, perdoados pela absolvição sacramental.
Nesta sexta-feira, poderão receber esta graça especial os doentes de Coronavírus, os que estão em quarentena, os profissionais de saúde e familiares que se expõem ao risco de contágio para ajudar quem foi afetado pelo vírus. Para esses, com arrependimento sincero, basta recitar o Credo, o Pai-Nosso e uma oração a Maria. Os outros poderão receber esta graça escolhendo entre várias opções: visitar o Santíssimo Sacramento com a adoração eucarística ou ler as Sagradas Escrituras por pelo menos meia hora, ou rezar o Terço, a Via-Sacra ou o Terço da Divina Misericórdia, com o arrependimento sincero e compromisso de confissão sacramental logo que possível, pedindo a Deus o fim da epidemia, o alívio para os doentes e a salvação eterna daqueles a quem o Senhor chamou a si.
Ao anunciar este momento extraordinário de oração e de bênção, domingo passado na oração do Ângelus, o Papa disse: “À pandemia do vírus, queremos responder com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Permaneçamos unidos. Façamos sentir a nossa proximidade às pessoas mais sozinhas e com mais dificuldades.” Expressou sua proximidade especialmente aos médicos, aos profissionais de saúde, enfermeiros e enfermeiras, voluntários; às autoridades que devem tomar medidas duras, mas para o bem de todos; às policias, aos soldados, que nas ruas procuram manter sempre a ordem, que se realizem as coisas que o governo pede para o bem de todos.
Neste tempo, “a Igreja experimenta a força da comunhão dos santos, eleva orações ao seu Senhor Crucificado e Ressuscitado, em particular o Sacrifício da Santa Missa, celebrado diariamente, mesmo sem o povo, pelos sacerdotes”. Como boa mãe, “a Igreja implora ao Senhor para que a humanidade se liberte desse flagelo, invocando a intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Misericórdia e Saúde dos Enfermos, e de seu Esposo São José, sob cuja proteção a Igreja sempre caminha no mundo”.