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Produtores de peixe se preparam para a Semana Santa

Com a proximidade da Semana Santa, aumenta a procura por peixe e já vem ocorrendo a despesca, de forma lenta, mas com avanço gradativo à aproximação da Páscoa. Em alguns municípios do Estado do Rio Grande do Sul já estão ocorrendo feiras do peixe e práticas de filetagem, bem como e elaboração de pratos à base de peixe, com vistas à valorização desse produto. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (22), neste mês de março muitos produtores estão com o açude seco e devem realizar a calagem, adubação e outros manejos necessários. Por isso, novas encomendas de alevinos serão retomadas em abril, com orientações sobre o povoamento e policultivo dos açudes.

Na região de Pelotas, a safra do camarão segue com boa produção. Está mantida a previsão de captura de duas mil toneladas do crustáceo na região Sul até final de maio, quando inicia um novo período de defeso. A safra de siri também é considerada satisfatória, sendo comercializado pelos pescadores a R$ 15,00/kg. No entanto, nota-se escassez de tainha, corvina e linguado. Já em São José do Norte, continua a tendência de melhora da captura do camarão e do tamanho do crustáceo, sendo que o preço é de R$ 8,00/kg; tainha também teve aumento significativo de captura. Na Lagoa do Peixe, segue a safra de camarão.

Já na região de Santa Rosa, os pescadores relatam baixa disponibilidade de peixes de escama, mas a pesca de peixes de couro, como pintados, armados e cascudos, tem garantido a renda das famílias. Com a proximidade da Semana Santa e a diminuição da oferta de peixes ocorre inflação nos preços, sendo que a piava chega a ser comercializada pelos pescadores a R$ 17,00/kg.

Nas áreas de pecuária, a chuva ocorrida proporcionou a recuperação das pastagens e das aguadas O campo nativo está com bom rebrote. As pastagens perenes de verão têm apresentado boa taxa de crescimento vegetativo, enquanto que as pastagens anuais de verão já começam a perder força pela proximidade do fim de ciclo de crescimento e pela mudança de estação do ano. Além disso, a ocorrência de chuvas vai desencadear o plantio das pastagens de inverno nas áreas onde está se colhendo a soja. A comercialização de terneiros, que geralmente acontece em maio, este ano poderá iniciar mais cedo, principalmente se os preços da soja estiverem altos na colheita.

Grãos
As lavouras de soja superaram a fase vegetativa, apresentando bom visual na maioria das áreas, com apenas 1% em fase de floração, 50% em fase de enchimento de grãos, avançando para 36% a área que se encontra em maturação do grão e amarelecimento das folhas e para 13% a área já colhida. Nestas áreas, mais ao Norte, as produtividades variam de 3.200 a 3.600 kg/ha, superando a expectativa inicial de produtividade média. Ressalta-se que, nesta parte do Estado, há diversos relatos de produtividade superior a 70 sacas/ha (4.200 kg/ha). Entretanto, as cultivares de ciclo mais longo poderão apresentar uma redução, devido à falta de umidade na primeira quinzena de março, durante a fase de enchimento de grãos. Esse cenário é visível no Sul, na Campanha e no entorno da Costa Doce.

No milho, a colheita teve pequeno avanço durante o período, alcançando 75% do total da área. Devido à colheita da soja, que começa a tomar maior impulso a partir de agora, o ritmo deverá se manter lento, prolongando sua finalização. Quanto às produtividades, há uma leve tendência de diminuição nas regiões Sul e Campanha, enquanto que na metade Norte, se mantêm elevadas, compensando uma possível queda em nível de Estado.

Com a cultura do trigo em entressafra, os produtores iniciam os encaminhamentos de propostas para custeio da safra 2018. Entre técnicos e produtores, a sensação é de que poderá haver redução na área cultivada, muito em função de os agricultores já terem recorrido ao Proagro pela terceira vez em cinco anos. Em função da demora na análise das informações dos laudos, os contratos foram prorrogados por 180 dias para que as interpelações possam ser respondidas. Ainda segundo técnicos, se observa uma tendência de aumento na utilização de variedades de trigo duplo propósito, possibilitando a integração lavoura-pecuária nas áreas antes destinadas somente à lavoura de grãos.

Olerícolas e Frutícolas
Batata-doce – A nova safra encontra-se em estágio de plantio e tratos culturais, especialmente na região Centro-Sul. O plantio da safra 2017-2018 está sendo realizado em duas etapas: a primeira está em desenvolvimento vegetativo e início de colheita; a segunda etapa, em fase de plantio e desenvolvimento vegetativo. A estiagem determinou um atraso dessa segunda etapa, mas com o retorno das chuvas nas últimas semanas, a implantação da lavoura foi intensificada novamente. As lavouras estão produzindo em média 14 t/ha, com produto de boa qualidade.

Melancia – Em Triunfo, com 1.200 ha de área plantada, registram-se perdas de em torno de 50% da safra, em função do excesso de chuvas no início do plantio e da estiagem na fase de formação do fruto, acarretando grande variação na produtividade, ficando entre 10 e 30 t/ha, dependendo da tecnologia empregada. As variedades de melancia mais cultivadas em Triunfo são Top Gun e Geórgia (variedades híbridas).

Em São Jerônimo, a falta de chuvas prejudicou as lavouras de melancia. O sistema de irrigação implantado por alguns produtores contribuiu para uma melhora das frutas colhidas, tanto em qualidade quanto em produtividade. Atualmente a safra encontra-se em período de colheita, e as chuvas dos últimos dias têm contribuído para uma melhora na perspectiva de produção das próximas levas.

Oliveira – Produtores da região Sul seguem realizando a colheita, que alcança 90% da safra. As produtividades estão aquém do esperado, em decorrência dos efeitos das condições climáticas. Apesar da redução de produtividade em até uma tonelada por hectare, há melhor rendimento de óleo entre 14-15%. Na região da Campanha, a colheita da oliva é iniciada e a produtividade das primeiras oliveiras também está abaixo do esperado.

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