O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da Associação de Municípios do Alto Uruguai (AMAU) tem monitorado de forma permanente a Região 16 (R16), que compreende 32 municípios, mais as cidades de Rio dos Índios e Nonoai, com população estimada de 240 mil habitantes.
O primeiro caso confirmado da Covid-19 na R16 ocorreu em meados de março e, nesse hiato de tempo, decorridos aproximadamente oito meses, ocorreram oscilações nos indicadores regionais.
Com relação aos casos ativos, alvo dessa análise, verificou-se que em 14 de maio a Região apresentava 39 casos ativos. Os números ascenderam e, em 22 de julho, o indicador apontava 543 casos ativos (maior número de casos registrados).
Dessa data em diante, os indicadores começaram a dar sinais de descida, chegando, em 14 de outubro a apenas 48 casos. Agora, a partir dessa data, verificou-se uma mudança na curva, que deixa de ser descendente e volta a dar sinais de avanço. Haviam, em 21 de outubro, 69 ativos e, hoje, a R16 apresenta 128 casos ativos, um aumento de 85,5%, observando as últimas quatro avaliações.
Face a essa situação observada no último boletim regional (28/10), com a presença de 128 casos na R16, o Comitê Regional de Atenção Coronvaírus da AMAU está realizando reunião extraordinária nesta manhã de sexta (30) para avaliar a situação e traçar novas ações de enfrentamento.
“Percebemos que a situação vem se alterando, fato já verificado em outros países e estados, com o surgimento da chamada segunda onda. Temos que estar com os pés no chão, observando os movimentos do coronavírus no mundo, país e região afora. Soubemos que é temido, traiçoeiro e com alto poder de disseminação e com poder de letalidade, por essa razão não podemos, em hipótese alguma, achar que a situação passou ou está equacionada. Não podemos cometer o equívoco de perder o que conquistamos com o esforço e trabalho da comunidade regional, e verificamos, pelos fatos, que existe um certo relaxamento por parte da população”, pontua Jackson Arpini, membro do Comitê Regional.
Segundo ele, o que era prática diária e corriqueira (protocolos de prevenção), hoje está sendo negligenciada, o que é extremamente preocupante quando nos referimos ao coronavírus.
“Exemplos e números nos colocam numa situação de alerta. Locais que estavam com a situação controlada voltaram a ter números expressivos e, esses fatos nos remetem a pensar estratégias para minimizar o efeito da segunda onda. Precisamos nos antecipar”, argumenta Arpini.
“Prevenir, prevenir e prevenir é a melhor forma de enfrentamento”, ressalta ele.