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Saiba quais vacinas estão disponíveis no SUS e na rede privada contra a meningite

Brasil registrou 1.072 casos de meningite meningocócica no ano passado, sendo que 218 evoluíram para morte

Existem três vacinas contra meningite meningocócica no país, mas apenas a contra a meningite meningocócica C, a mais frequente entre as meningites bacterianas, responsável por 60% dos casos, segundo o Ministério da Saúde, está disponível pelo SUS.

Essa vacina é oferecida em postos de saúde de todo o Brasil a crianças com até 5 anos ou acima, caso apresente situação de risco, como a imunodepressão. As demais devem recorrer a clínicas particulares. O preço médio é de R$ 300 a dose.

As outras vacinas existentes são contra meningite meningocócica B e contra meningite meningocócica A, C, W e Y (quadrivalente) – ou seja, essa inclui o sorotipo C. Ambas estão disponíveis somente na rede privada.

A recomendação da vacina contra a meningite meningocócica C é uma dose aos 3 meses, outra aos 5 meses e um reforço com 1 ano de vida. É indicado ainda tomar outro reforço entre 11 e 14 anos.

“A partir de 1 ano de idade é ministrada apenas uma dose. Repete-se após cinco anos, que é o tempo de proteção tanto da C como da A,C,W e Y, se o risco persistir”, explica o pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

“Na rede privada, essas vacinas podem ser aplicadas em qualquer idade, mas as recomendações das sociedades científicas devem ser seguidas. Por exemplo, as vacinas contra meningocócica C e A, C, W e Y não são recomendadas como rotina para adultos, a não ser que tenha algum fator de risco para doença meningocócica”, completa.

Já a vacina contra a meningite meningocócica B deve ministrada aos 3, 5 e 7 meses, com reforço depois de 1 ano de vida. A partir de 1 ano será aplicada em duas doses, com intervalo de dois meses. O preço médio é de R$ 790 a dose.

Em relação à vacina contra a meningite meningocócica A, C, W e Y o esquema muda de acordo com o laboratório: pode ser aos 3, 5 e 7 meses de idade com reforço ao 1 ano de vida ou aos 3 e 5 meses com reforço ao 1 ano de vida.

“Já caso se inicia entre 1 e 2 anos de vida, uma marca de vacina utiliza uma dose e outras duas marcas, duas doses. Depois de 2 anos de idade, todas elas serão aplicadas em uma dose. A repetição de cinco em cinco anos, cobrindo infância e adolescência, é recomendada independentemente do laboratório produtor da vacina”, afirma Cunha.

O preço médio dessa vacina na rede privada é de R$ R$ 425 a dose.

“A proteção das vacinas conjugadas C e A, C, W e Y dura em torno de cinco anos e cai com o tempo. Por esse motivo, as sociedades científicas, em seus calendários, recomendam reforços a cada cinco anos, cobrindo a infância e a adolescência. A proteção da vacina contra meningite meningocócica C também é estimada em cinco anos”, afirma Cunha.

Existem 12 sorotipos de meningococo, a bactéria que causa a meningite meningocócica. Apenas o sorogrupo A não circula mais no país, segundo ele.

Vacinas oferecem quase 100% de proteção

O presidente da SBIm explica que, assim como todas as vacinas, os imunizantes contra a meningite meningocócica não garantem 100% de proteção, mas algo próximo a isso. “Acima de 90%”, diz. Ele afirma que não há problema de o bebê tomar as vacinas contra meningite meningocócica no mesmo momento. “Uma não interfere na resposta imunológica da outra e não há aumento da possibilidade de eventos adversos”, afirma.

Ele ressalta que a vacina contra a meningite meningocócica A, C, Y e W já inclui o tipo C, então isso reduz as vacinas para apenas duas: a vacina contra meningite meningocócica B e a vacina contra meningite meningocócica A, C, Y e W. Juarez orienta que, quanto maior a ampliação da imunização, maior a chance de proteção contra doenças.

A meningite é uma doença endêmica no Brasil, ou seja, são esperados casos ao longo do ano, sendo a meningite bacteriana mais frequente no inverno e a viral, no verão, de acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Vale ressaltar que não há surto de meningite meningocócica em São Paulo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. A doença levou o neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Arthur Araújo Lula da Silva, 7, à morte na última sexta-feira (1º). Não foi divulgado qual tipo de bactéria Arthur teria contraído.

O Brasil registrou 1.072 casos de meningite meningocócica no ano passado, sendo que 218 evoluíram para morte, segundo o Ministério da Saúde. Em 2017, houve 1.138 ocorrências e 266 mortes.

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