Anualmente, o dia 16 de novembro marca o Dia Nacional de Atenção à Dislexia. A data foi instituída pela Lei Nº 13.085/2015, com o objetivo de difundir informações sobre o transtorno, conscientizar a sociedade e mostrar a importância do diagnóstico e tratamento precoces.
A Associação Brasileira de Dislexia, de acordo com a definição adotada pela International Dyslexia Association (IDA), caracteriza a dislexia como um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas.
O Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão) reforça a importância de um diagnóstico precoce, a fim de proporcionar ao indivíduo disléxico uma melhor qualidade de vida.
A professora do curso de Psicologia da Unileão Jaqueline Sobreira comenta que, apesar do número de estudantes com dislexia no Ensino Superior vir aumentando nos últimos tempos em função de adaptações feitas nos processos escolares, acadêmicos e seletivos em diferentes níveis, ainda são poucos os disléxicos que chegam até a universidade.
Reconhecendo a dislexia
Muitas vezes a dislexia pode ser confundida com preguiça, indisciplina e déficit intelectual. Por isso, é necessário que pais, professores e educadores entendam o problema e ofereçam a devida atenção, já que identificar os sinais precocemente é essencial para uma intervenção adequada e eficaz.
De maneira geral, as características da dislexia na infância e na idade adulta não se distinguem significativamente. Dessa forma, é possível identificar características comuns em uma pessoa com dislexia.
Sinais de dislexia
– Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita;
– pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras);
– aliteração (sons iguais no início das palavras);
– desatenção e dispersão;
– dificuldade em copiar de livros e da lousa;
– dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.)ou grossa (ginástica, dança etc.);
– desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalhos escolarese perda de pertences;
– confusão para distinguir esquerda e direita;
– dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas etc.;
– vocabulário pobre,com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas.