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18. Voz da Diocese – 04.05.25


“Jesus Ressuscitado presente no ordinário da vida”

Minha saudação a todos os irmãos e irmãs que acompanham a Voz da Diocese. Também queremos saudar com carinho todos os trabalhadores (as) que celebraram no dia 1º de maio, quinta-feira, o seu dia, juntamente com a Festa de São José Operário.

O Papa Pio XII, no ano de 1955, instituiu para toda a Igreja, a Festa de São José Operário no dia 1º de maio. São José é o modelo de operário. Ele, o humilde carpinteiro de Nazaré que realizou seu trabalho como expressão de seu amor e o sustento da Família de Nazaré, que contava dentre seus membros o próprio Jesus.

Unido a São José, Jesus também aprendeu esta profissão durante os anos que esteve junto à família em Nazaré, desde o episódio do templo aos doze anos até o início de sua vida pública, período este que nada nos é relatado no Evangelho.

“O trabalho dignifica o homem”. O trabalho é um direito de todos para o sustento de si e dos que estão sob os seus cuidados.

Caríssimos irmãos e irmãs. Neste tempo pascal lembramos que a liturgia nos convida a renovar a esperança no Cristo Ressuscitado e a construir uma comunidade capaz de dar testemunho da missão realizada por Ele. Na primeira leitura, os apóstolos dão testemunho do Ressuscitado, expresso na pregação de Pedro e dos outros apóstolos: “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens” (At. 5,29b). Mesmo estando proibidos pelo Sumo Sacerdote, não se deixaram vencer e ficaram felizes por sofrerem perseguições e açoites, e “por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus” (At. 5, 41).

O texto do Evangelho deste Domingo mostra a terceira aparição de Jesus Ressuscitado aos apóstolos quando estes estavam no ordinário de seus trabalhos, ou seja, na pesca, pois eram pescadores. Sem reconhecer Jesus, escutam sua palavra e são obedientes, fazendo uma grande pesca. Jesus os convida em seguida a comer com ele do fruto de seus trabalhos: “Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe” (Jo 21,13).

Em seguida, o Evangelho apresenta um diálogo entre Jesus e Pedro. Jesus dirigiu-se a Pedro e perguntou-lhe três vezes: “Simão, filho de João, tu me amas?” (Jo 21,15). Quando amamos realmente uma pessoa, pensamos nela, queremos encontrá-la, escutá-la e sentir-nos perto dela. Toda nossa vida fica inspirada e transformada por ela, por sua vida e seu mistério. A fé cristã é uma experiência de amor. Cremos e amamos realmente a Jesus Cristo quando experimentamos que Ele e seu ensinamento vão se convertendo no centro de nosso pensar, de nosso querer e de nosso viver e agir.

Confirmando, por três vezes, seu amor a Jesus, Pedro se torna o responsável pelos demais e pela Igreja nascente: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,17). Desta forma, a missão de Jesus ganha sua continuidade pela vida e pregação dos Apóstolos e por toda a Igreja que, fundada sob o alicerce dos mesmos, vive sua missão no mundo como expressão do amor a Cristo e da fé daqueles que “estiveram e comeram com Ele depois de sua ressurreição” (cf. At 10,41).

Caríssimos. Renovemos nossa fé como discípulos missionários de Jesus Cristo, trabalhando na promoção da vida e da paz, comprometidos com a construção de uma sociedade justa e solidária, que possa proporcionar dignidade a todos, especialmente nossos irmãos e irmãs trabalhadores (as). Que Jesus Ressuscitado seja uma presença contínua a nos encorajar em todos os momentos de nossa vida, “pois sem Ele nada podemos fazer” (cf. Jo 15,5).

Pela intercessão de São José Operário, invocamos copiosas bênçãos de Deus sobre todos e desejamos um bom domingo.

Dom Adimir Antonio Mazali – Bispo Diocesano de Erexim – RS

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