Foi realizada, na última sexta-feira (25), no auditório da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim, a “Conferência Regional da AGURB – alimentos saudáveis para o campo e a cidade”.
A conferência regional é uma etapa preparatória para a “III Conferência Internacional Agricultura em uma Sociedade Urbanizada – AGURB”. O evento foi promovido pelo SUTRAF-AU, UFFS, UERGS, UFRGS, IFRS, CECAFES, UNICAFES/RS e contou com o apoio da FETRAF-RS e NIPEAS. Participaram lideranças, pesquisadores, cooperativas, sindicatos, agricultores familiares e consumidores, que discutiram os aspectos ligados a produção e consumo de alimentos.
O Brasil foi escolhido para sediar a 3ª edição da Conferência em 2018. Será na cidade de Porto Alegre entre os dias 17 a 21 de setembro. Esta escolha também representa o reconhecimento do papel da agricultura e da produção alimentar de nosso país no contexto mundial, assim como do papel ativo da comunidade de estudiosos, ativistas da sociedade civil e agentes de políticas públicas na promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.
Durante o seminário, o engenheiro agrônomo Lino de David apresentou um resgate histórico da produção de alimentos no Alto Uruguai, falando sobre os desafios da região tanto para o campo quanto para a cidade. Já o professor Sérgio Schneider, da UFRGS, abordou os diferentes cenários da produção de alimentos, dando destaque para o trabalho da agricultura familiar. Além disso, o professor enfatizou que a alimentação é um direito humano fundamental e a segurança alimentar é estratégica para a estabilidade social, ao desenvolvimento econômico e ambiental, e isso deve ser uma bandeira de luta da agricultura familiar.
Pela parte da tarde, o coordenador geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (FETRAF-RS), Rui Alberto Valença, relatou como ocorreu a organização dos agricultores familiares que culminou no surgimento da FETRAF-RS. O presidente da UNICAFES/RS, Gervásio Plucinski, palestrou sobre a importância da organização das redes de cooperativas, para estabelecer mercados comerciais curtos, dominar toda a cadeia de produção, industrialização e comercialização, produzir alimentos saudáveis a partir da exigência do consumidor e articular novas políticas públicas.