A Sociedade Brasileira de Mastologia faz um alerta. Entre janeiro e julho de 2020, os exames de rastreamento mamário caíram 45% no Brasil em comparação com o ano passado. Especialistas avaliam que dentre os motivos estão o medo das pacientes em fazer o exame no hospital, falta de técnicos, má distribuição dos aparelhos de exame e equipamentos quebrados.
Nos primeiros sete meses de 2019, foram 2,1 milhões de exames pelo país. Em 2020, foram 1,1 milhão, segundo dados do Ministério da Saúde.
Para Vilmar Marques, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, a manutenção dos exames pode auxiliar no controle do tamanho do tumor e, por consequência, aumentar o tempo de vida da paciente.
Para Vilmar Marques, a detecção precoce do câncer de mama é fundamental, pois “dados recentes publicados pelo Ibope mostram que 65% da população feminina em fase de rastreamento mamográfico, de prevenção do câncer de mama, não procuraram o ginecologista ou o mastologista. Desta forma, não realizaram o rastreamento. Assim sendo, nós recomendamos à mulher brasileira que realize a sua mamografia o quanto antes, melhor.”
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Brasil terá 66 mil novos casos de câncer de mama, mais de 9 mil somente no estado do Rio de Janeiro. Especialistas recomendam que as mulheres iniciem os exames preventivos aos 40 anos aliados à boas práticas de alimentação e atividade física.