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Profissionais de Saúde: as Teresa de Calcutá de hoje

Madre Teresa de Calcutá, grande ícone da humanidade, destacou-se pelo apreço, carinho e respeito ao ser humano. Independentemente da crença religiosa, da cor, da classe social, da orientação sexual….., a Santa tinha um olhar diferenciado para com cada ser humano. Ora, a sua presença era contagiosa, libertadora, curadora e fonte de luz. Logo, ela era um grande ser humano. Com simplicidade e humildade, a Madre, de forma incomparável, tinha a capacidade de fazer o casamento entre fé e obras. Creio que é possível dizer que a sua religião era fazer o bem – fazer caridade.

Na época da Madre Teresa, entre as doenças que amedrontavam as pessoas, era a lepra e a tuberculose. Hoje, a doença que assombra a humanidade é o COVID-19, com suas inúmeras mutações. Neste capítulo da história da humanidade é que vejo os PROFISSIONAIS DE SÁUDE COMO AS TERESAS DE CALCUTÁ DE HOJE. Por que olho para eles, os profissionais de saúde, fazendo alusão à Santa? Ao meu ver, Madre Teresa continua viva nestes profissionais por razões muitos simples, as quais destaco a seguir (obs: usarei a abreviação P.S. para Profissionais de Saúde):

– P.S. são aqueles que, ao chegar alguém para ser atendido, não perguntam se é rico ou pobre, se crente em Deus ou se é ateu, qual é a orientação religiosa…., enfim, atendem o ser humano que está ai à sua frente, quem sabe, movido por um único desejo: continuar a viver;

– P.S. são aqueles que também choram quando, depois de fazer tudo o que podiam, veem mais uma vida que se vai;

– P.S. são aqueles que, sem deixar serem profissionais, são humanos e professores em matéria de empatia;

– P.S. são aqueles que sabem ouvir os apelos e os clamores dos pacientes e/ou dos familiares;

– P.S. são aqueles que sentem na pele o cansaço, a exaustão, o estresse, a tensão do dia a dia, mas não desistem;

– P.S. são aqueles que, em determinadas situações, precisam fazer escolhas entre quem vai ocupar o leito ou não, devido à superlotação das UTIs;

– P.S. são aqueles que também rezam juntos, numa grande sintonia e afinidade, cada um ao seu modo e com suas motivações, quem sabe, para encontrarem forças suficientes para darem conta do juramento feito;

– P.S. são aqueles que ficam tristes quando um colega de profissão também se vai, em razão de não ter sobrevivido ao Covid, sendo mais um número nas estatísticas;

– P.S. são aqueles que precisam se ausentar de suas famílias mais do que o normal, em vista de cuidarem de outras famílias;

– P.S. são aqueles que, ao chegarem em casa, ainda encontram forças para dar atenção à família, aos afazeres diários da casa…;

– P.S. são aqueles que não veem as horas passar, em razão da intensidade em que vivem a cada momento, a cada procedimento, a cada gesto, a cada olhar, a cada instante de silêncio …

– P.S. aqueles que também precisariam de alguém para ouvi-los e que pudessem acolher os seus dilemas existenciais…, porém, não dá tempo, devido à exigência do trabalho;

– P.S. são aqueles que não fazem hora de se despedirem do paciente que não sobreviveu e, imediatamente, outro já chega para ocupar o leito;

– P.S. são aqueles que se assustam quando veem as estatísticas de mortes por Covid-19 e o número de infectados que cresce assustadoramente;

– P.S. são aqueles que não se cansam em pedir para que as pessoas se cuidem, se protejam…;

– P.S. são aqueles seres humanos que cuidam de seres humanos;

– P.S. são aqueles que merecem uma placa de reconhecimento, contendo a seguinte frase: ‘As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam’.

– P.S. são os dignos, sim, de aplausos, de orações e de serem considerados ‘As Teresas de Calcutá de hoje’.

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