O Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia, também conhecido como “Purple Day, foi criado em 2008 por uma menina canadense, Cassidy Megan de 9 anos de idade, com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Escócia. Cassidy escolheu a cor roxa para representar a epilepsia devido à flor Lavanda, que, segundo ela, é frequentemente associada à solidão, sentimento de isolamento que muitas pessoas com epilepsia sentem. Seu objetivo foi mostrar que as pessoas com epilepsia não estão sozinhas.
No Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, que abriga o Centro de Epilepsia, inaugurado em julho, já realizou mais de 1,3 mil atendimentos, entre exames, consultas e internações. O coordenador do Centro de Epilepsia, Eduardo Faveret, aproveitando a data especial, esclarece algumas das dúvidas mais comuns sobre a enfermidade:
A epilepsia é uma síndrome caracterizada pela alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, no qual um grupo de células cerebrais se comporta de maneira instável, provocando reações físicas conhecidas como crises epiléticas.
Essas crises podem durar alguns segundos ou minutos e podem ser acompanhadas por contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa, movimentos automáticos e involuntários do corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações da memória.
O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos e dieta alimentar que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, principal origem das crises epiléticas.
Casos mais graves e resistentes aos medicamentos são tratados com intervenções cirúrgicas.
Como ajudar uma pessoa com crise epiléptica:
• Coloque algo macio sob a cabeça da pessoa para protegê-la de batidas do crânio contra o solo.
• Deite-a de lado para facilitar o escoamento de saliva e a respiração.
• Não coloque nada em sua boca.
• Não tente segurar a língua, pois ela não enrola.
• Não dê nada para beber ou cheirar.
• Não tente conter os seus movimentos.
• Fique a seu lado até que a pessoa se recupere. Algumas pessoas ficam confusas após a crise.
O Purple Day tem importância singular no mundo. No Brasil, o movimento cresce a cada ano, de maneira organizada e ativa.
Segundo, Eduardo Faveret, o preconceito ainda faz parte do dia a dia dos epiléticos, por isso é extremamente importante aproveitarmos a data para debatermos o assunto.