Nesta semana a Emater/RS-Ascar está em festa, pois nesta quarta-feira (2) comemora-se os 66 anos de fundação da Ascar. Mas o presente é de todos os agricultores e pecuaristas familiares, comunidades e povos tradicionais (indígenas e quilombolas), assentados da reforma agrária e pescadores artesanais, além dos extensionistas, gestores, lideranças e entidades envolvidas diretamente com o desenvolvimento da agricultura gaúcha. E também de toda a sociedade em geral, que é consumidora dos alimentos oriundos do trabalho, esforço e comprometimento de quem fez e faz a história da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) no Rio Grande do Sul.
De acordo com o superintendente Técnico da Ascar e diretor Técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, nessa trajetória de mais de seis décadas, a Instituição realizou ações para garantir o Desenvolvimento Rural Sustentável e a melhoria das condições de vida de quem vive no Campo. “Todas pensadas, planejadas e realizadas pelos nossos extensionistas em 100% dos municípios gaúchos por meio de programas e políticas públicas executados através de convênios com a União, Estado e municípios”.
Tudo isso é reflexo da vocação de cada técnico e de cada profissional que se dedica a garantir a produção de alimentos de qualidade e quantidade suficientes para abastecer a nossa população e que contribuem com o desenvolvimento econômico do nosso Estado. Não é de hoje que a Ascar, através da Emater/RS, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), é referência no país nesse trabalho de impulsionar e fortalecer o meio rural gaúcho.
Para o superintendente-geral da Ascar e presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, há muitos avanços e conquistas dessa gestão a serem comemorados nesta data, que são resultados das ações técnicas e administrativas. “Desde 2019 foram tomadas medidas para a redução de custos e incremento de receitas através do Gerenciamento Matricial de Custos e Receitas e foi realizado um Programa de Desligamento Incentivado (PDI) para o engrandecimento e reconhecimento de cerca de 300 empregados que o aderiram. Houve ainda investimento em tecnologia, aplicativos, máquinas e sistemas, bem como início do processo de repactuação do passivo trabalhista, tão necessário para o sucesso futuro da Extensão Rural”.
Sandri informa ainda que, entre 2020 e 2021, outras tantas conquistas também puderam ser celebradas em conjunto com entidades e agentes públicos, como a nova forma de contratação com a Seapdr, garantindo a prestação dos serviços gratuitos e de qualidade da Aters no Estado. “Além disso, a conquista da renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) até 2023 e do reconhecimento internacional do RS como Zona Livre de Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE)”.
Também pode-se comemorar a expansão da capilaridade da Emater/RS-Ascar para todos os 497 municípios gaúchos, a reforma e modernização total do prédio do Escritório Central, a implementação do diálogo com as entidades sindicais e representativas, a projeção para a maior safra de soja da história e a proposta de realização de concurso público a ser encaminhado para aprovação do Governo do Estado em início de junho. “Diante de todo o excelente trabalho realizado ao longo de mais de seis décadas, só nos cabe felicitar a todos por essa incrível história! Parabéns e vida longa à Extensão Rural e à Emater/RS-Ascar”!
Uma história de união, avanços e conquistas
Fundada em 1955 para orientar o pequeno agricultor a acessar crédito supervisionado para desenvolver a agricultura e o bem-estar da sua família, A Ascar foi criada no dia 02 de junho e teve como protagonista o diretor do Banco Agrícola Mercantil S.A., Kurt Weissheimer, também presidente da Ascar.
A primeira turma, com 28 extensionistas rurais, continha 15 mulheres da área de bem-estar e 13 homens da área agronômica. O grupo fez o “pré-serviço” (treinamento) na Fazenda Ipanema, em São Paulo. De volta ao Rio Grande do Sul, os extensionistas da Ascar colocaram em prática um dos mais tradicionais métodos de Extensão Rural, a visita às propriedades rurais.
No dia 14 de março de 1977 era criada, no Rio Grande do Sul, a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), que se somou à Ascar. Unidas, a Emater/RS e a Ascar passaram a revigorar e a integrar o Sistema Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, sob a coordenação nacional da então Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Embrater), com a missão de promover o desenvolvimento técnico-social.
No mês seguinte, no dia 30 de abril de 1977, tomou posse a primeira diretoria da Emater/RS, composta pelos engenheiros agrônomos Rodolpho Tácito Ferreira, no cargo de presidente; José Inácio Pereira da Silva, diretor técnico; e Edmundo Henrique Schmitz, diretor administrativo.
Na década de 1990, com a extinção da Embrater, a Emater/RS-Ascar passa a se relacionar com a Secretaria Estadual de Agricultura e, por meio de convênio, começa a executar a política oficial de Aters do RS. Começava assim uma nova etapa da Extensão Rural, com recursos provenientes de convênio com os municípios, Estado e a União.
Juntas, a Emater/RS-Ascar executa as principais ações, programas e políticas públicas, por meio de convênios com a União, Estado e municípios gaúchos. Na trajetória de 66 anos, a Instituição tornou-se referência no uso de metodologias de comunicação e de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), atualmente vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e tendo como gestores o presidente Geraldo Sandri, diretores técnico Alencar Rugeri e administrativo Vanderlan Vasconselos.