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Clima prejudica produção de frutas na região do Alto Uruguai

A safra de laranja deste ano, em função das condições climáticas antecipou a produção, conforme informativo conjuntural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim. A colheita das variedades Valencia e Folha Murcha estão em fase final. A produtividade média da região ficou em 28 toneladas por hectare, com registro de pomares com mais de 40 toneladas por hectare, de acordo com levantamento do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim. O excesso de chuvas, em determinados períodos, fez com que o tratamento fitossanitário perdesse um pouco sua eficácia, ocasionando queda das frutas e a ocorrência da doença denominada pinta preta e pragas. A produção de caqui, com área de produção de 59 hectares na região, com uma produção de 871 toneladas, também foi atingida pelo excesso de chuvas, e foi registrada ocorrência da lagarta na fruta. O preço médio de comercialização foi de R$ 0,22 a 0,37 o kg para suco e de R$ 0,35 a 0,47 para o mercado. A ocorrência de granizo e geadas também contribuíram para redução da produtividade, esperada inicialmente em torno de 35 toneladas por hectare.

A mesma situação, segundo a Emater/RS-Ascar, foi registrada com a safra de bergamota. A expectativa inicial de produtividade era de 18 ton/ha, mas ficou entre 8 a 12 toneladas. A variedade Dekopon teve perdas devido à podridão.

Também há previsão de que a safra com uvas na região do Alto Uruguai seja afetada pelas condições climáticas adversas ocorridas (geadas e granizo). A produtividade, esperada incialmente de 18 t/ha, poderá ficar entre 10 a 12 ton/ha.

Culturas
O plantio das lavouras de soja na região do Alto Uruguai se encaminha para o final. A área cultivada é de 233 mil hectares, com um aumento de 7% em relação à safra passada. O motivo do aumento da área cultivada com a soja se dá pela redução da área de milho e fundamentada nas diferenças de preço recebido pelas duas principais culturas de verão no norte do RS. As lavouras apresentam um bom desenvolvimento vegetativo, de acordo com informativo conjuntural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim.

Também está em fase de conclusão o plantio das lavouras de milho, cuja área de plantio teve redução. A semeadura iniciou em agosto e se intensificou em setembro. As lavouras estão em pleno desenvolvimento e as primeiras semeadas começam a pendoar. Algumas lavouras que tinham milho serão replantadas com soja. Até o momento, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e potencial produtivo. As lavouras de canola também estão colhidas.

Situação das criações
Piscicultura – As carpas estão sendo comercializadas em feiras, em média, a R$ 12,00/kg. As chuvas ocorridas na semana passada favorecerem a oxigenação e a transparência da água, mas, por outro lado, dificultou a proliferação de plâncton, reduzindo a oferta de alimento para os peixes filtradores, conforme levantamento do Escritório Regional da Emate/RS-Ascar de Erechim. No momento, estão feitas as reservas de alevinos e o repovoamento dos tanques. A atividade na região é essencialmente para o consumo familiar.

Apicultura – Os apicultores estão realizando manejo das colmeias para a produção. Há boa procura de mel, porém a disponibilidade ainda é pequena. O mel está sendo comercializado de R$ 15,00 a R$20,00/kg, na venda direta ao consumidor.

Bovinocultura de leite – Na última semana choveu 41mm e no mês novembro mais de 220mm. As condições climáticas ocorridas na última semana favoreceram o desenvolvimento das pastagens e manejo dos animais.

Suinocultura – Segundo as empresas que atuam com suíno na região, o alojamento de matrizes e animais para abate continua estável. O milho está sendo comercializado de R$ 27,00 a 35,00 por saca, o kg do farelo de soja de R$ 1,40 a 1,70 e o kg do suíno vivo R$ 3,20. O valor dos insumos tem acentuado as dificuldades quanto ao retorno econômico da atividade. No entanto, as perspectivas são boas para a comercialização do produto com a aproximação do Natal e Final de Ano.

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