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Emater de Mariano Moro emite laudo técnico sobre prejuízos causados pela estiagem no município

A cultura do milho é a mais afetada com perdas superiores a 75% e prejuízo de mais de R$ 7 milhões.

Através de solicitação do Governo Municipal e com auxílio da defesa civil do município, a Emater de Mariano Moro realizou laudo técnico dos prejuízos decorrentes da estiagem no município. O laudo compreende significativas perdas nas culturas do milho e da soja, além de perdas na produção leiteira e pecuária de corte.

As perdas podem variar de uma região para outra, sendo que não foram registradas precipitações pluviométricas significativas no território municipal nos meses de novembro e dezembro. A situação é agravada pela estiagem ocorrida no final do ano de 2021. As chuvas registradas no inverno de 2022 não foram suficientes para repor a condição normal das nascentes e umidade do solo para o correto manejo das atividades agropecuárias.

A cultura do milho, tanto com destino a colheita de grãos e a colheita em forma de forragem massa verde (silagem) apresenta alta perda de rendimento sendo que em praticamente todas as fases de desenvolvimento foram afetadas, apresentando severas perdas na produção final para estas atividades. As perdas são superiores a 75% da estimativa inicial para as culturas, causando um prejuízo financeiro de mais de R$ 7 milhões.

A cultura da soja, por sua vez, não foi inicialmente afetada, porém o atraso no plantio ocasiona em maiores riscos à cultura. Neste momento a cultura começa a ter algumas situações de estresse hídrico, com perdas na casa dos 20%, causando prejuízo financeiro de mais de R$ 3 milhões.

A atividade de bovinos de leite apresenta uma queda igual aos grãos, pois com a utilização da forragem de planta inteira (silagem) da safra anterior estocada, mesmo com qualidade inferior por sofrer a estiagem do ano anterior, os animais ainda têm sua manutenção mínima assegurada, porém com queda acentuada de produtividade e produção final. Estima-se que a alimentação dos próximos meses seja afetada pela falta de qualidade e principalmente quantidade da silagem colhida nos meses de fevereiro, março e abril de 2022, sendo que não será suficiente para a manutenção do plantel até a colheita da próxima safra de silagem, acarretando aumento de custos aos produtores. Os prejuízos financeiros do setor leiteiro estão estimados entre os meses de novembro e dezembro de 2022 e janeiro de 2023 em R$ 1,8 milhão.

A atividade de bovinos de corte não apresenta uma estimativa numérica de perdas, pois sua mensuração é mais complicada, visto que os animais apresentam variação de peso conforme o tipo de criação, então sua perda é sazonal e a referência para descrever a perda e pela falta de pastagens, tanto naturais quanto nativas e assim a perda de aproximados 30% de carcaça neste período.

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