O caso aconteceu em 2007, na Zona Rural de Farroupilha, na Serra do Rio Grande do Sul, e foi inicialmente tratado como suicídio, mas uma nova investigação concluiu que Alexandra foi a responsável pelo assassinato do ex-companheiro.
De acordo com o delegado Ederson Bilhan, o inquérito chegou ao novo entendimento após cruzamento de evidências analisadas pela perícia com os depoimentos coletados, além das semelhanças encontradas na forma como José e o filho mais novo de Alexandra, Rafael Winques, foram mortos. Apesar da conclusão da investigação indicar que houve um homicídio, Alexandra não será indiciada, uma vez que o crime prescreveu em 2017.
A reabertura do caso foi autorizada pela Vara Criminal de Farroupilha em janeiro de 2021, após uma perícia particular contratada pela família encontrar incongruências no inquérito que determinou o suicídio como causa da morte do agricultor e sugeriu que ele pudesse ter sido assassinado. Na época, a juíza Claudia Bampi considerou que diante do surgimento de provas novas e de documentos e justificativas apresentadas, o caso deveria ser reaberto.
José foi encontrado morto dentro do quarto, em fevereiro de 2007, amarrado em uma corda que estava fixada em uma viga do teto. Alexandra contou à polícia que escutou barulhos e encontrou o corpo dele já sem vida. Os laudos do Instituto Geral de Perícias concluíram que foi suicídio, mas a família do agricultor teve dúvidas desde o velório. Ao saber do envolvimento de Alexandra na morte de Rafael, em que também foi usada uma corda, eles resolveram procurar uma advogada e, posteriormente, contrataram um perito particular, que chegou a uma conclusão diferente.
Alexandra foi condenada em janeiro deste ano a 30 anos e dois meses de prisão pela morte do próprio filho em Planalto, no Norte do estado, em maio de 2020. A defesa de Alexandra afirma que ela não matou José e que houve contaminação de várias pessoas devido ao caso do menino Rafael.
