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Número de pacientes oncológicos tratados no Rio Grande do Sul aumentou quase 50% em três anos

Isso se refletiu em uma queda no percentual de tratamentos de casos em estágio avançado e na presença de metástases.

Em três anos, o número de pacientes tratados em oncologia no Rio Grande do Sul passou de 20.529 em 2020 para 30.041 em 2023, um aumento de 46% na oferta de tratamentos pelo SUS. Isso se refletiu em uma queda no percentual de tratamentos de casos em estágio avançado e na presença de metástases.

As quimioterapias paliativas passaram de 35,7% dos casos em 2019 para 34% no ano passado. Os avanços ressaltam a importância do novo Plano de Atenção para o Diagnóstico e o Tratamento do Câncer publicado neste mês pela SES (Secretaria Estadual da Saúde).

As quimioterapias adjuvantes, usadas após o tratamento principal para eliminar células cancerígenas residuais, apresentam crescimento, com tendência de aumento no próximo triênio. O número de cirurgias oncológicas passou de 4.433 em 2020 para 6.362 em 2023, uma alta de 43,5%. Há ainda uma elevação no início dos tratamentos oncológicos até 30 dias após o diagnóstico, aumentando as chances de sucesso, e uma tendência de queda de atendimentos com mais de 60 dias.

Os números apontam a maior possibilidade de cura e sobrevivência, ressaltando a importância da nova versão do Plano. Já pactuado pela CIB (Comissão de Gestores Bipartite), o documento atualiza os parâmetros necessários para o atendimento do câncer no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde).

Avanço nas taxas de mortalidade

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), em 2019, o câncer foi a principal causa de óbitos prematuros (entre 30 e 69 anos) no mundo. No contexto brasileiro, desde 2003, representa a segunda causa de mortes. A exceção foi 2020, quando, devido à pandemia de covid-19, o câncer passou a ser a terceira maior causa de óbitos no país, superado por doenças cardiovasculares e doenças infecciosas e parasitárias.

No contexto gaúcho, há predominância da mortalidade por câncer entre as doenças crônicas não transmissíveis, com um aumento de 17.679, em 2014, para 19.335 em 2022. Em 168 (33,8%) dos 497 municípios, constitui a principal causa de óbitos. Segundo estimativa do Inca, eram esperados 52.620 casos novos de câncer no ano passado no Rio Grande do Sul.

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