A manhã desta quarta-feira (14) foi marcada por uma importante mobilização social em Aratiba. A Administração Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, COMDICAR e o Conselho Tutelar, promoveu a Caminhada de Conscientização e Combate ao Abuso e à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes.
O ato teve início às 08h30 com concentração na Concha Acústica e reuniu representantes da comunidade, autoridades locais, educadores e estudantes em uma bonita caminhada pelas ruas da cidade. A caminhada teve como objetivo chamar a atenção para a importância da proteção da infância e da adolescência, além de reforçar o compromisso coletivo no enfrentamento a essas graves violações de direitos.
Durante a atividade, os participantes foram incentivados a levar cartazes com mensagens de apoio à causa. O gesto simbólico reforçou o apelo por um futuro mais seguro, digno e livre de violência para meninas e meninos. A caminhada foi um exemplo de que a mobilização social é uma ferramenta poderosa na luta pela garantia dos direitos das crianças e adolescentes.
A mobilização antecede o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio. A data relembra uma realidade ainda presente na sociedade brasileira e que exige ações concretas, informação, coragem e união para ser combatida.
A organização destacou a importância da denúncia em casos de suspeita de abuso e exploração sexual, orientando a população sobre os canais de atendimento, como o Disque 100 e o Conselho Tutelar.
18 de Maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
O dia 18 de maio é marcado no Brasil como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, uma data de reflexão, mobilização e, acima de tudo, de compromisso com a proteção da infância e da adolescência.
A data foi instituída oficialmente pela Lei Federal nº 9.970, de 2000, em memória de Araceli Cabrera Sánchez Crespo, uma menina de apenas 8 anos que foi brutalmente assassinada em Vitória (ES), no dia 18 de maio de 1973, após ser vítima de violência sexual. O crime, apesar da sua gravidade, permanece impune até hoje. Araceli se tornou símbolo da luta pelos direitos das crianças e adolescentes à dignidade, ao respeito e à segurança.
Mais do que uma homenagem, o 18 de maio representa a necessidade urgente de romper o silêncio, dar visibilidade a um problema que muitas vezes acontece dentro de casa ou em espaços de confiança da criança. O abuso e a exploração sexual são crimes que deixam marcas profundas e exigem atuação firme do poder público, das instituições e da sociedade.
A campanha que marca o mês de maio — conhecida como “Faça Bonito” — reforça que proteger é um dever de todos. Escolas, famílias, órgãos públicos e a sociedade civil devem estar atentos aos sinais de abuso e prontos para agir. A denúncia é um dos principais instrumentos para proteger as vítimas e responsabilizar os agressores.
Canais como o Disque 100, o Conselho Tutelar, a Polícia Civil e o Ministério Público estão à disposição para acolher denúncias anônimas e conduzir investigações. A orientação é clara: em caso de suspeita, denuncie.
Combater o abuso e a exploração sexual infantil não é apenas um ato de justiça, é um compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, segura e humana. O 18 de maio nos lembra que proteger a infância é uma responsabilidade coletiva — e inadiável.