O Hemocentro Regional de Passo Fundo, um dos maiores do Rio Grande do Sul, teve queda das doações pela metade e está quase sem sangue. A situação preocupa os responsáveis pelo local devido à proximidade da campanha de vacinação contra a gripe, já que as pessoas imunizadas ficam impedidas de doar sangue.
“Se ela for produzida através de vírus morto, para ficar bem fácil para o público entender, é 48 horas, se a vacina for produzida por vírus vivo atenuado o tempo de inaptidão para 30 dias”, explica a coordenadora de captação de doadores, Alexandra Mazzoca.
Depois da interdição do banco de sangue de Erechim, em dezembro de 2015, o Hemocentro de Passo Fundo passou a atender 171 municípios, o que exigiu um aumento de 30% no número de doações. Com a campanha de vacinação contra a gripe H1N1, a tendência é que a falta de sangue se agrave. Em uma câmara de refrigeração, a reportagem encontrou apenas 10 bolsas de sangue.
O ideal seriam 60 doações por dia, mas às vezes o número sequer chega a 12. O principal problema é a falta de regularidade dos doadores. “A gente teve um aumento muito grande, muito considerável nos últimos tempos da distribuição de sangue. Então não tem entrado tudo aquilo que necessita para o fornecimento”, lamenta Alexandra.