As doenças alérgicas vêm crescendo nos últimos anos, causando impacto na qualidade de vida das pessoas. Estudos recentes apontam que a tendência é aumentar.
As alergias podem se apresentar de diversas formas, entre elas: rinite alérgica, asma brônquica, dermatites de contato, dermatite atópica, reações a medicamentos, alergia à látex, insetos ou alimentos. Ás vezes, podem ser fatais como, por exemplo, alergia a abelhas, vespas ou formigas. Da mesma forma, as reações alérgicas a certos medicamentos podem levar a síndromes graves gerando destacamento cutâneo importante acompanhado de alterações de órgãos internos que podem levar ao óbito.
Uma das manifestações alérgicas mais comuns é a rinite alérgica que muitas vezes é confundida com resfriado devido a semelhança dos sintomas nasais. Coriza, prurido, obstrução e espirros nasais são comuns na rinite e se associam com a exposição a alérgenos ambientais como, por exemplo, a poeira doméstica. Já o resfriado é causado por agentes virais, e pode ser acompanhado de febre baixa e mal-estar.
Na maioria das pessoas com rinite ocorre a sensibilização por alérgenos como ácaros da poeira, fungos e também pólens. Algumas pessoas têm dificuldade na execução diária de suas atividades devido à gravidade e persistência dos sintomas. Vale lembrar que existem outras causas de rinite como, por exemplo: hormonal, atrófica, medicamentosa, entre outras, e devem também ser consideradas.
A avaliação médica por meio de história clínica, exame físico, teste cutâneos e exames laboratoriais são fundamentais para o adequado manejo dos casos de rinite alérgica. O teste cutâneo é conduzido pelo médico alergista e consiste na aplicação de uma gota de extrato alergênico padronizado do alérgeno suspeito. O extrato é aplicado na região do antebraço e após 20 minutos é realizada leitura, se for positiva pode indicar o agente causal responsável pela sintomatologia da rinite.
O tratamento envolve não só o uso de medicações, mas também medidas de controle ambiental. Um ambiente limpo e livre de alérgenos é fundamental. Tapetes, cortinas, colchões, travesseiros e até bichinhos de pelúcia que contenham alérgenos como ácaros e fungos podem causar ou agravar, não somente a rinite, mas outras doenças respiratórias como a asma.
O tratamento medicamentoso deve ser conduzido pelo médico e este inclui o uso de corticoides tópicos nasais e/ou anti-histamínicos. Outro tratamento que apresenta excelentes resultados são as chamadas vacinas para alergia (imunoterapia com alérgenos) que é uma forma de tratamento utilizada há mais de 50 anos com o objetivo de diminuir a sensibilidade de pessoas alérgicas e também objetiva alterar a resposta imune do paciente. O tratamento consiste na aplicação do alérgeno ao qual o paciente é sensível em doses crescentes por um período de tempo que é variável e costuma melhorar de forma considerável os sintomas da rinite.
Com o aumento da prevalência das doenças alérgicas no mundo todo é imprescindível o adequado diagnóstico, tratamento e acompanhamento para melhora da qualidade de vida.