A vistoria realizada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e fiscais da Divisão de Vigilância Sanitária do Centro Estadual de Vigilância em Saúde no final de julho na sede do banco de Sangue em Erechim, já é de conhecimento da direção da instituição. A fiscalização foi solicitada pela Justiça e foram apontados cinco itens, que podem ser resolvidos administrativamente para que a unidade de Erechim possa reabrir as portas depois de quase sete meses com as portas fechadas. Cauteloso, o Administrador Judicial Jackson Arpini afirma que tem mais um caminho a percorrer até a reabertura, e evita determinar prazo, mas vê com bons olhos a conclusão da última vistoria. Na conclusão do relatório, os fiscais estaduais e uma especialista da ANVISA relatam que diante das medidas de contenção realizadas pelo Banco de Sangue de Erechim, são favoráveis a uma eventual decisão de desinterdição desde que o serviço apresente documento formal com compromisso de viabilizar a adequação da área física à legislação sanitária e que sejam cumpridas os cinco itens apontados, considerados críticos par ao funcionamento do serviço:
1) Implantação de mecanismos de controle dos resultados da triagem hematológica (controle de qualidade interno);
2) Documentação que comprove a presença do médico no serviço durante todo o período da coleta;
3) Apresentação dos novos procedimentos para liberação dos resultados dos testes sorológicos, dos resultados da triagem imunohematológica e de rotulagem e liberação de hemocomponentes
4) Apresentação de procedimentos para realização de controle de qualidade interno dos testes imunohematológicos tanto para doadores quanto para realização das provas pré-transfusionais.
5) Apresentação do procedimento operacional do fluxo de descarte de hemocomponentes, materiais contaminados e demais resíduos, considerando o acesso de doadores ao sanitário localizado em área técnica.
Para Jackson, além destas correções, que serão solucionadas, será necessário acelerar o projeto de construção da sede própria do Banco de Sangue em terreno ao lado da UPA, doado pelo município: “Acredito que deveremos assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público mostrando o projeto da nova unidade prevendo o tempo necessário para a mudança. Desta forma, talvez seja possível reabrir.