Começou, nesta segunda-feira (6), a campanha nacional de vacinação para imunizar 11 milhões de crianças contra o sarampo e a poliomielite.
A socióloga Nely Oliveira teve poliomielite quando tinha três anos. Aos 70, ainda sofre as sequelas da doença. Ela não tinha sido vacinada, agora faz um alerta: “Se não vacinar é relaxamento. Ou falta de conhecimento”.
O último caso de poliomielite foi registrado no Brasil há quase 30 anos, mas como o vírus circula em outros países, o perigo continua e a cobertura vacinal está baixa no país inteiro.
Em Pernambuco, 65% das crianças foram protegidas este ano, quando a meta é de pelo menos 95%. Neste primeiro dia de campanha, Bruna levou Yasmin, de dois anos, a um dos dez mil pontos de vacinação espalhados pelo estado. “Ela fica imunizada para não adoecer, porque é pior, né? Quando adoece”, disse a mãe da menina.
A campanha vai até o dia 31 em todo o Brasil. 11 milhões de meninas e meninos, que tem entre um ano e cinco anos de idade incompletos, precisam ser imunizados. Não somente contra a poliomielite, mas também contra o sarampo. E, mesmo quem já recebeu a primeira dose de uma dessas vacinas, vai precisar do reforço.
Há surtos de sarampo confirmados em Roraima e Amazonas. Alguns casos isolados em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Pará. Em Pernambuco, onde há quatro anos não havia o registro da doença, a Secretaria de Saúde investiga cinco suspeitas.
No estado, no ano passado, apenas 69% das crianças de até um ano tomaram as duas doses da vacina tríplice viral, que imuniza contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. “Não pode faltar de tomar a vacina. Toda criança tem que tomar a vacina”, diz a técnica em manutenção Alice Gomes.