O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da Associação de Municípios do Alto Uruguai (AMAU) monitora 34 municípios no âmbito da AMAU e da Região 16 – Alto Uruguai Gaúcho.
A partir dos dados repassados pelas secretarias de saúde, o comitê realiza paralelos entre os levantamentos que ocorrem semanalmente para verificar a evolução e estágio da epidemia a nível regional.
Casos ativos
Nos últimos levantamentos, observou-se uma elevação no número de casos ativos, o que impõe uma preocupação com relação a R16.
Verificou-se que em 22/07 os gráficos apontavam 543 casos ativos, o maior indicador desde meados de março, quando surgiu o primeiro caso na região. Desta data até o dia 14/10, os gráficos apontaram uma curva decrescente, chegando a apenas 48 casos ativos, o que foi extremamente positivo.
Contudo, após o dia 14/10, verificou-se uma alteração no desenho da curva, que passou a ser ascendente a cada levantamento. Partimos de 48 casos ativos (14/10), para 198 (04/11), num curto espaço de tempo (três semanas).
O desenho da curva ganhou outra conotação e os casos começaram a surgir, sendo 48 casos (14/10), 69 (21/10), 128 (28/10) e, agora, segundo o último boletim regional, para 198 casos ativos.
Também percebeu-se um aumento nas taxas de ocupação das alas Covid (FHSTE/HCE), tanto para leitos clínicos quanto UTI. Os leitos clínicos estavam no patamar de 4,88% (26/10) e agora está em 17,07% (04/11).
Com relação aos leitos de UTI, verificou-se que estavam com taxa de ocupação de 8,69% (30/10) e ascenderam para 21,74% (04/11).
Avaliação
Estamos em pleno enfrentamento da epidemia a nível regional e não podemos relaxar. “Qualquer descuido pode nos levar a cenários mais complexos, com possibilidade de retorno de bandeira vermelha, o que significa risco alto”, pontua Jackson Arpini, membro do Comitê.
Não vencemos a batalha. Não há espaços para a negligência, caso contrário os reflexos surgirão. Prevenir, prevenir e prevenir continua sendo a nossa principal meta.