Diversos estudos defendem que o agravamento da obesidade está relacionado a condições inflamatórias do organismo, trazendo várias disfunções associadas à doença. Entre esses distúrbios está a inflamação do hipotálamo, região cerebral sensível aos sinais da insulina e da leptina, que são hormônios atuantes, respectivamente, no controle do nível de açúcar (glicose) no sangue e na regulação da saciedade.
Dessa forma, essas pesquisas indicam que o sobrepeso excessivo leva, automaticamente, ao acúmulo de glicose na corrente sanguínea (hipertrigliceridemia), aumentando também o risco para enfermidades como diabetes e hipertensão, além de favorecer a manutenção de uma alimentação exagerada e, por consequência, nutricionalmente desequilibrada. Do mesmo modo, o colesterol alto, causado normalmente pela ingestão demasiada de gorduras saturadas e trans, nocivas à saúde, também é relatado comumente entre pessoas obesas.
Mas segundo a Ph.D e consultora científica de OmegaPURE, Dra. Maria Inês Harris, apesar de tantas comorbidades, a ciência também aponta uma alternativa relativamente mais saudável e moderada aos métodos tradicionais para ajudar na redução dos fatores ligados à obesidade. Trata-se do consumo de ácidos graxos ômega 3 (EPA e DHA) altamente purificados. “Por inibir a progressão da neuro inflamação, beneficiando o sistema nervoso, essas gorduras insaturadas podem ser muito eficazes nos quadros de obesidade”, afirma a especialista.
De acordo com a Dra. Maria Inês, o consumo de ômega 3 traz benefícios tanto à saúde quanto a estética para pessoas com sobrepeso. “O nutriente aumenta a síntese de uma proteína das células, chamada PPAR-gama, que ajuda a transformar o açúcar em energia antes que ele se acumule no corpo, auxiliando na estabilidade dos níveis de insulina. Além disso, ele também contribui para a redução dos triglicerídeos e aumento da leptina circulante, o que colabora para a contenção do apetite”, explica.
Reforçando a atuação dos ácidos graxos EPA e DHA no controle de peso, uma revisão baseada em estudos clínicos e com animais, publicada no The European Journal of Clinical Nutrition, também observou o aumento nos níveis de leptina associado ao consumo de ômega 3 em indivíduos obesos, evidenciando a melhora na relação fome x saciedade. De acordo com os pesquisadores, a constatação indica a eficácia do nutriente para ajudar não apenas na reversão da obesidade, mas, inclusive, a evitar o reganho de peso após submissão a uma dieta restritiva.
Outra pesquisa, realizada na Universidade de Navarra, na Espanha, chegou à mesma conclusão. O estudo buscou relacionar os impactos de dois planos alimentares de baixa caloria na perda de peso e saúde de 32 pessoas, que foram divididas em dois grupos, sendo apenas um deles submetidos a três medidas semanais de ingestão rica em ômega 3. De acordo com os resultados, além dos níveis de colesterol, triglicérides, insulina e leptina relativamente melhores, o grupo que consumiu os ácidos graxos também emagreceu mais ao fim do experimento.
Como pessoas obesas podem consumir ômega 3?
O ômega 3 deve ser incluído na dieta de pacientes com obesidade a partir da prescrição de um nutricionista. Embora essas gorduras insaturadas possam ser obtidas através da alimentação rica em peixes marinhos como salmão, sardinha, atum e cavala, nesses encontra-se também ômega 6 numa proporção aproximada de 30% de ômega 3 para 60% de ômega-6 (1:2). Dessa forma, a alimentação não corrige o desequilíbrio na dieta típica do brasileiro (da ordem de 1:20) e cuja proporção deveria ser da ordem de no máximo 1:5. “Já o uso de suplementação com produtos contendo EPA e DHA purificados, como OmegaPURE, que apresenta 90% de sua composição desses ácidos graxos, e sem a presença ômega-6, auxilia de forma mais eficiente na reposição adequada de ômega-3”, finaliza a Dra. Harris.