O Ministério da Saúde confirmou, em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (26), 77 mortes por covid-19 no Brasil e 2.915 confirmações da doença até as 15h. O dado representa uma letalidade de 2,7% da doença no país. Há um mês, no dia 26 de fevereiro, a pasta confirmava o primeiro caso de coronavírus no Brasil.
Em um primeiro momento, o ministério anunciou 78 mortes, mas o número foi corrigido pelo governo porque a tabela considerava uma morte a mais no Distrito Federal.
Na quarta (25), eram 57 mortes e 2.433 casos confirmados. Nas últimas 24 horas, 482 casos foram confirmados. No Rio Grande do Sul, o número de casos considerados pelo governo federal é de 168. Da totalidade dos 2.915 casos no Brasil, 195 são considerados graves.
A coletiva acontece no dia que se completa um mês desde o primeiro caso confirmado no Brasil. Perguntado sobre uma projeção para os próximos 30 dias, o secretário João Gabbardo preferiu não arriscar números.
— Vamos ter 30 dias muito difíceis. Provavelmente vamos estar na fase crítica. Não vamos começar a reduzir os casos em 30 dias, temos uma estimativa de tempo maior. Vamos enfrentar isso. Previsão de números de casos e óbitos é difícil de fazer — ponderou, detalhando:
— Número futuro depende de duas variáveis: da transmissão e do número de testes. Quanto mais testes fizermos, mais testes serão identificados.
O secretário de vigilância em saúde, Wanderson de Oliveira, alertou para o acúmulo de outras ameaças à saúde da população brasileira. Doenças infecto-contagiosas já conhecidas de anos passados registram novos casos em 2020 e também inspiram cuidados, avisou o secretário:
— Temos três epidemias juntas. Dengue, coronavírus e quase chegando no pico de influenza H1N1. É fundamental, já falei: aproveitem que estão em casa e limpem o quintal, eliminem focos de dengue e vacinem-se de acordo com o calendário.
Em Porto Alegre, o dia foi marcado pela declaração do governador Eduardo Leite sobre o isolamento social. Segundo ele, a quarentena não deve terminar antes do dia 6 de abril.
Mais cedo, o governo federal publicou decreto zerando os impostos de importação de medicamentos à base de cloroquina, utilizados no tratamento de malária, lúpus e artrite, e atualmente mundialmente testado no tratamento de covid-19.
A Anvisa e o próprio Ministério da Saúde já aconselharam, na semana passada, que estes remédios não sejam tomados sem prescrição médica, pois causam efeitos colaterais e ainda não tem sua eficiência comprovada.