O presidente da Famurs, Marcelo Arruda, participou na tarde desta quinta-feira (10/04) do “Ato regional em favor da agricultura”, promovido em Jacutinga em parceria com a Associação dos Municípios do Alto Uruguai (Amau). A mobilização teve como objetivo reunir os gestores municipais e reivindicar ações em prol dos produtores rurais, duramente impactados pelos eventos climáticos desde 2021, que se encontram acumulando dívidas e com dificuldades para acessar recursos para novas safras.
A pauta tem gerado grande preocupação dos gestores municipais, pois o endividamento dos produtores ameaça a continuidade das atividades agrícolas no Rio Grande do Sul, gerando um colapso produtivo e afetando diretamente a segurança alimentar, o abastecimento do mercado interno e o preço dos alimentos. Durante o encontro, que contou com a presença de lideranças e produtores rurais, foi discutido o endividamento agrícola, apresentado reivindicações aos governos e defendido a renegociação das dívidas dos produtores gaúchos.
Em sua manifestação, o presidente de Famurs afirmou que a entidade tem buscado incansavelmente trazer tranquilidade aos produtores e fazer com que o governo federal e o Congresso Nacional disponibilizem uma renegociação, seja pela securitização – três anos de carência e 20 anos de prazo para pagamento com redução de juros – ou através do Fundo Social do pré-sal – abastecido com recursos dos royalties de petróleo –, sem comprometer o orçamento do governo.
“Ninguém está pedindo perdão ou para acabar com as contas, estamos pedindo condições de pagar, como aconteceu em 1995 com a securitização, em que houve uma renegociação com última parcela para este ano; neste período olha o quanto o agro desenvolveu e se tornou referência para o Brasil e mundo. E é isso que precisamos agora para o Rio Grande do Sul: um olhar diferenciado, afinal vivemos três secas seguidas e a pior enchente da história”, justificou Arruda.
Participaram do ato, o senador Luis Carlos Heinze; o presidente da Amau e prefeito de Marcelino Ramos, Vannei Mafissoni; deputados, prefeitos e vices da região, vereadores, além de representantes da Emater, sindicatos e associação comercial.
