O secretário da Educação, Vieira da Cunha, informou nesta terça-feira que serão nomeados 161 professores concursados. Na segunda-feira, depois da paralisação convocada pelo magistérios, fechando diversas escolas da rede pública estadual no primeiro dia letivo do ano, o governador José Ivo Sartori, anunciou por meio do Twitter que havia autorizado Vieira da Cunha a chamar professores concursados em locais onde há “efetiva necessidade”. As primeiras nomeações já foram solicitadas à Casa Civil.
Conforme o secretário, a maior parte dos 161 profissionais atuará nas séries iniciais de escolas de todo o Estado, exceto nas regiões de Cruz Alta, Santa Rosa, Rio Grande, Vacaria e São Luiz Gonzaga. Também foram chamados professores para as disciplinas de português, que darão aula em Porto Alegre e nas regiões de Rio Grande e Palmeira das Missões. Nesse processo, serão nomeados ainda profissionais que lecionam matemática. Estes trabalharão nas regiões de Santa Maria, Santa Rosa e Rio Grande. Porém, não há data para que os profissionais passem a integrar o quadro docente devido ao processo burocrático que precisa ser seguido.
— Os professores irão se apresentar, entregar a documentação, fazer os exames. Não temos como estimar um tempo para tudo isso — disse Vieira da Cunha, afirmando que outros profissionais “provavelmente” serão chamados.
Segundo o secretário, não foi estipulado pelo governo um limite de nomeações.
— O governador autorizou chamarmos professores sempre que houver necessidade. Vamos fazer isso ao longo do ano letivo — acrescentou.
Paralelo às nomeações, o governo busca normalizar o serviço de transporte escolar que leva alunos das áreas rurais às escolas. Dezenove municípios optaram por não renovar o convênio, entregando, assim, o serviço ao Estado. Até as 18h desta terça-feira, nove municípios — Arroio Grande, Canguçu, São Lourenço do Sul, Encruzilhada do Sul, Lagoa Vermelha, Jari, Tupanciretã, São Jerônimo e Gravataí, que, juntas, têm cerca de 4 mil estudantes dependentes de transporte — seguiam com problemas e sem previsão de acerto entre governo e empresas.
— Estamos contratando por lotes, e alguns não tiveram empresas interessadas ou houve desistências. Nossa intenção era ter resolvido isso antes do início do ano letivo, mas não foi possível. Essa agora é nossa prioridade — explicou Vieira da Cunha.